Governo sul-coreano decide não divulgar relatório sobre direitos humanos na Coreia do Norte
Em 2025, a Coreia do Sul opta por não publicar o relatório sobre direitos humanos da Coreia do Norte, revertendo a tendência da administração anterior, segundo o Ministério da Unificação.

O governo da Coreia do Sul anunciou, através de um representante do Ministério da Unificação, que não divulgará o relatório de 2025 sobre a situação dos direitos humanos na Coreia do Norte, em contraste com as políticas do governo anterior. Segundo o responsável, a abordagem ativa de divulgação e crítica em relação aos direitos humanos na Coreia do Norte não resultou em avanços significativos na melhoria da qualidade de vida dos cidadãos norte-coreanos.
O Ministério da Unificação, progressivamente orientado para a reunificação da Coreia, foi formado em 1969 e, nas últimas duas administrações, a dinâmica da publicação dos relatórios variou. O governo conservador de Yoon Suk-yeol (2022-2025) tinha adotado a prática de disponibilizar os relatórios online, enquanto o governo anterior de Moon Jae-in (2017-2022) optou por prepará-los exclusivamente para uso interno, uma prática que o atual presidente Lee Jae-myung irá reinstituir.
As Nações Unidas têm regularmente emitido relatórios sobre os direitos humanos na Coreia do Norte, evidenciando uma situação alarmante de repressão, miséria e medo. Em resposta a estas dinâmicas, o governo sul-coreano, sob a liderança de Lee Jae-myung, tem manifestado a intenção de não buscar a unificação por absorção e de reatar acordos militares inter-coreanos.
Recentemente, Kim Jong-un, líder da Coreia do Norte, criticou a proposta de paz militar, acusando Seul e Washington de tentar incitar um conflito, e prometeu uma expansão rápida do seu arsenal nuclear em resposta aos exercícios militares conjuntos realizados entre os EUA e a Coreia do Sul.
O primeiro-ministro sul-coreano, Kim Min-seok, reafirmou o compromisso de enviar mensagens mistas para a Coreia do Norte, unindo esforços defensivos com ofertas de paz. A ONU, em junho de 2024, descreveu a situação como "profundamente alarmante", onde o simples ato de assistir a uma série estrangeira pode resultar em penalizações severas.
Volker Türk, alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, enfatizou a condição precária vivida na Coreia do Norte, sublinhando que se trata de um "país isolado que enfrenta uma luta diária pela sobrevivência".