Economia

Governo compromete-se a intensificar combate a incêndios

O ministro reafirma que a atual administração está mais dedicada a resolver incêndios, mas destaca a necessidade de tempo para resultados duradouros.

26/08/2025 23:20
Governo compromete-se a intensificar combate a incêndios

Na sua recente intervenção, o ministro da Economia e da Coesão Territorial, Castro Almeida, manifestou que o atual Governo de Luís Montenegro demonstra uma determinação superior à do Partido Socialista (PS) no combate aos incêndios. Embora reconheça que os resultados ainda são escassos, sublinhou que a resposta a esta questão exige um olhar de longo prazo.

“O PS esteve no governo até 2024 e os resultados foram limitados. Em contrapartida, esta administração está verdadeiramente empenhada. Estamos a mobilizar mais recursos, incluindo aviões e operacionais na linha da frente”, declarou Almeida numa entrevista à RTP3.

Apesar da afirmação de um esforço maior, o ministro não hesitou em admitir que mais poderia ter sido feito até ao momento, reforçando a ideia de que o problema requer persistência para encontrar soluções eficazes.

Questionado sobre a possibilidade de consequências políticas face aos incêndios, enfatizou que “o Governo deve concentrar-se no seu trabalho”, ressaltando a necessidade de tempo para efetivar melhorias.

No que toca à ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, o ministro assegurou que ela tem estado ativamente empenhada nas suas funções, desmistificando alegações sobre a sua ausência.

Almeida mencionou também que o impacto financeiro dos incêndios ainda está a ser avaliado, mas com base em conversas com autarcas, os prejuízos superam os números do ano passado, onde as indemnizações não ultrapassaram os 100 milhões de euros.

Na passada quinta-feira, o primeiro-ministro anunciou, em reunião extraordinária do Conselho de Ministros em Viseu, a implementação de um “novo instrumento legislativo” que prevê 45 medidas, incluindo apoios financeiros para agricultores e um plano florestal que se prolonga até 2050.

Desde julho, Portugal continental tem enfrentado incêndios rurais de grande escala, principalmente nas regiões Norte e Centro, que resultaram em quatro mortes, incluindo a de um bombeiro, e danificaram gravemente propriedades e áreas agrícolas.

O país também ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, recebendo reforços na forma de dois aviões Fire Boss, um helicóptero Super Puma e dois aviões Canadair. Dados provisórios indicam que até 23 de agosto, cerca de 250 mil hectares já tinham sido consumidos pelas chamas.

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