Gouveia e Melo mantém liderança, mas enfrenta desafio de Marques Mendes e Ventura ganha espaço

O almirante Henrique Gouveia e Melo continua a ser o candidato mais apoiado pelos portugueses nas eleições presidenciais de 2026, embora o empate técnico com Luís Marques Mendes se mantenha. De acordo com os dados do barómetro Intercampus para o Jornal de Negócios, Correio da Manhã e CMTV de agosto, André Ventura ascendeu à terceira posição, superando António José Seguro, que segue em descenso.

Gouveia e Melo conta com 18,5% das intenções de voto, enquanto Marques Mendes angariou 16%. A margem de erro de 4% indica que a distância entre eles é bastante reduzida. Apesar de Marques Mendes ter sofrido uma ligeira queda de 1,2 pontos percentuais em relação ao mês anterior, Gouveia e Melo registou uma descida de 2,1 pontos percentuais.

No que respeita a António José Seguro, este viu as suas intenções de voto recuarem 2,8 pontos percentuais, totalizando 13,7%. Em contrapartida, Ventura obteve um crescimento significativo de 3,5 pontos percentuais, alcançando 14,1%, apesar de ainda não ter oficializado a sua candidatura.

O panorama para os restantes candidatos mostra António Filipe do PCP com 2% (-1,8 pp) e João Cotrim de Figueiredo da Iniciativa Liberal com 8,7% (+1,8 pp). A eurodeputada Catarina Martins segue com 4,7%, um número que representa uma ligeira melhoria face a Mariana Mortágua, que se manteve estável.

Embora continue a figurar como a opção favorita, Gouveia e Melo enfrenta um cenário percentualmente dividido em relação a Marques Mendes e Seguro. Num eventual confronto de segunda volta, Gouveia e Melo venceria Seguro (com 42,2%) e Ventura (com 56,6%), mas a disputa com Marques Mendes seria mais equilibrada, com 39,8% para o primeiro.

A sondagem revelou que a preferência por Marques Mendes sobre Seguro é nítida, com 41,9% considerando o ex-líder do PSD uma escolha mais viável, comparado a 32,1% a favor de Seguro.

Esta recolha de dados da Intercampus envolveu 611 entrevistas telefónicas, realizadas entre os dias 7 e 14 de agosto, com uma taxa de resposta de 59,6% e uma margem de erro de 4%, num intervalo de confiança de 95%.