O Departamento de Estado dos EUA afirmou que o cessar-fogo com os Huthis abrange apenas o Mar Vermelho, enquanto os rebeldes prometem continuar a atacar Israel.
A diplomacia norte-americana, através da porta-voz Tammy Bruce, esclareceu que o acordo de cessar-fogo estabelecido com os Huthis se limita ao Mar Vermelho. Este entendimento visa garantir a liberdade de navegação e proteger o comércio na região, que têm sido alvo de ataques por parte dos rebeldes. Bruce também evitou aprofundar a possibilidade de um acordo similar entre os Huthis e Israel.
"Os Estados Unidos continuarão a operar na região até que os Huthis cessem os ataques a embarcações naquele teatro," afirmou Bruce, reiterando a posição da administração norte-americana.
O chefe da diplomacia de Omã, Badr al-Busaidi, anunciou que houve um acordo de cessar-fogo após negociações entre o sultanato e autoridades dos EUA e do Iémen. Este pacto prevê que "nenhum dos lados atacará o outro, incluindo embarcações americanas" no Mar Vermelho e no estreito de Bab al-Mandab.
Em contrapartida, o líder dos Huthis, Mahdi al-Mashat, prometeu uma resposta "relâmpago" a Israel, reforçando a intenção de continuar os ataques em retaliação aos bombardeamentos israelitas. Em suas declarações, al-Mashat destacou que os ataques seriam "rápidos e dolorosos".
Nos últimos dias, Israel intensificou os bombardeamentos a infraestruturas controladas pelos Huthis, afetando o aeroporto e centrais elétricas na capital, Sana. Relatos da agência France-Presse indicam que os ataques deixaram ao menos três mortos e 38 feridos, com significativas perdas na infraestrutura aeroportuária.
O cessar-fogo surge num contexto de tensão crescente, com o Presidente norte-americano, Donald Trump, a afirmar que os Huthis se renderam e que os bombardeamentos dos EUA no Iémen seriam suspensos. Trump declarou: "Os Huthis não querem mais lutar. Vamos honrar isso e parar os ataques." Ao mesmo tempo, os EUA têm mantido uma força na região para neutralizar os ataques dos rebeldes huthis, que têm laços com o Irão.
O conflito no Iémen está interligado com os acontecimentos na Faixa de Gaza, onde os Huthis justificam as suas ações em apoio ao Hamas.