Erdogan: A paz com os curdos depende da entrega das armas pelo PKK
O Presidente turco reafirma que o avanço no diálogo com os curdos está condicionado ao desarmamento do PKK, enquanto o grupo planeia destruição das armas no Curdistão iraquiano.

O Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, reiterou hoje que o processo de paz com a minoria curda só poderá progredir após o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) começar a cumprir a sua promessa de depor as armas. Ao regresso de uma cimeira económica no Azerbaijão, Erdogan declarou: “O processo irá avançar de forma mais rápida quando a organização terrorista decidir cumprir a sua palavra”.
As declarações do líder turco, publicadas pela agência de notícias Anadolu, surgem antes de uma cerimónia que o PKK planeia realizar no Curdistão iraquiano, marcada para entre os dias 10 e 12 de julho, onde se espera que comece a destruição de armamento.
Em maio, o PKK anunciou oficialmente o fim de mais de 40 anos de conflito armado que resultou em mais de 40.000 vidas perdidas. Esta decisão veio a público em resposta a um apelo do seu líder histórico, Abdullah Ocalan, que está detido desde 1999.
Um comandante do PKK informou a agência France-Presse (AFP) que alguns combatentes do grupo participariam num evento simbólico, onde queimariam as armas como um sinal de boa vontade.
No entanto, Mustafa Karasu, um dos fundadores do grupo, criticou o governo por não ter tomado as medidas necessárias para facilitar a paz e acusou o exército turco de manter ataques contra posições do PKK no norte do Iraque.
Além disso, Erdogan expressou otimismo em relação à Turquia voltar a integrar-se no programa F-35 dos Estados Unidos, afirmando que está confiante de que o Presidente Trump cumprirá o acordo estabelecido. “Creio que os F-35 serão entregues à Turquia de forma gradual durante o seu mandato”, concluiu.