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Conflito em Gaza: Ataques israelitas causam 14 mortos, incluindo vítimas em busca de alimentos

Ataques aéreos em Gaza resultaram na morte de 14 palestinianos, enquanto outros 10 foram vítimas ao procurar ajuda alimentar, segundo autoridades locais. Esperanças de cessar-fogo aumentam com negociações em curso.

05/07/2025 20:15
Conflito em Gaza: Ataques israelitas causam 14 mortos, incluindo vítimas em busca de alimentos

Os novos ataques aéreos israelitas em Gaza deixaram 14 palestinianos mortos, incluindo 10 que foram alvejados enquanto procuravam alimentos, de acordo com as autoridades hospitalares do enclave.

Dois trabalhadores humanitários norte-americanos da Fundação Humanitária de Gaza ficaram feridos num ataque a um centro de distribuição de alimentos no sul da região, o qual a organização atribuiu ao Hamas, embora sem fornecer provas.

Num clima de esperança cautelosa, os palestinianos aguardam o resultado de uma resposta "positiva" do Hamas à mais recente proposta dos Estados Unidos para uma trégua de 60 dias. No entanto, mencionam que mais negociações são necessárias para a sua implementação. Jamalat Wadi, uma das milhares de pessoas deslocadas, expressou o seu desejo por paz: "Chega de fome, queremos dormir sem o barulho dos aviões de guerra".

O Hamas, por sua vez, tem solicitado garantias de que a trégua inicial resultará na cessação total das hostilidades e na retirada das tropas israelitas.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está a pressionar por um acordo e terá uma reunião com o Primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, na Casa Branca na próxima segunda-feira.

A situação continua tensa, pois as negociações anteriores foram interrompidas devido às exigências do Hamas, que requer garantias que levem ao fim da guerra, enquanto Netanyahu reafirma a necessidade de continuar os combates para eliminar o grupo islamita.

Os recentes ataques atingiram zonas densamente povoadas, como Muwasi, onde sete pessoas perderam a vida, incluindo um médico e os seus filhos. Em diferentes partes de Gaza, outras mortes ocorreram, levantando preocupações sobre a segurança e o acesso à ajuda humanitária.

A Fundação Humanitária de Gaza nega que os homicídios tenham ocorrido nas suas instalações, que estão protegidas e apenas acessíveis através de áreas controladas por forças israelitas. O exército israelita, por sua vez, alega que dispara tiros de aviso e apenas age contra ameaças diretas.

A situação se agravou desde o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro, que resultou na morte de cerca de 1.200 israelitas, enquanto a ofensiva israelita já provocou mais de 57.000 mortes palestinianas, muitas delas de mulheres e crianças, conforme reportado pelo Ministério da Saúde de Gaza.

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