Steve Witkoff, representante dos EUA, utilizou tradutores do Kremlin nas reuniões com o presidente da Rússia, uma escolha que desperta controvérsia.
O enviado especial do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Steve Witkoff, tomou a decisão de não utilizar um intérprete próprio durante três reuniões com o presidente russo, Vladimir Putin, relacionadas com a guerra na Ucrânia. Esta escolha rompe com um protocolo estabelecido há tempos.
De acordo com a NBC News, que vem acompanhando o caso, Witkoff optou por se apoiar nos tradutores do Kremlin durante os encontros realizados a 11 de fevereiro e 13 de março, bem como em São Petersburgo, a 11 de abril.
Uma fonte próxima à situação explicou que, caso lidassem em russo, Witkoff não teria capacidade para compreender completamente a conversação. A utilização dos tradutores do Kremlin levanta preocupações sobre a possibilidade de o enviado não captar todas as subtilezas da comunicação de Putin.
Por outro lado, a secretária de imprensa da Casa Branca, Anna Kelly, defendeu Witkoff, afirmando que o enviado cumpriu "todos os protocolos de segurança em coordenação com o Departamento de Estado".
A NBC News tentou obter esclarecimentos junto da equipa de Witkoff e do Kremlin, mas não recebeu qualquer resposta.
É importante lembrar que a Rússia invadiu a Ucrânia há três anos, e têm ocorrido encontros desde a eleição de Trump com o intuito de alcançar um acordo para um cessar-fogo entre os países em conflito.