Apesar de celebrarem um acordo de cessar-fogo, o Paquistão e a Índia enfrentam informações sobre possíveis violações, principalmente na disputada Caxemira.
O Paquistão celebra o acordo de cessar-fogo que foi estabelecido esta tarde entre Islamabad e Nova Deli, com a mediação dos Estados Unidos. O ministro paquistanês dos Negócios Estrangeiros, Ishaq Dar, afirmou que conversou por telefone com o seu colega egípcio, Badr Abdelatty, reforçando o compromisso do Paquistão em promover a paz e a segurança na região.
O ministro egípcio também elogiou o acordo, que surge após várias semanas de tensões que culminaram em confrontos militares na região da Caxemira, uma área disputada entre os dois países desde 1947, ao finalizar a era colonial britânica.
Desde o início dos conflitos, pelo menos 98 vidas foram perdidas, a começar pelo ataque terrorista em Pahalgam, na Caxemira indiana, a 22 de abril, que provocou a morte de 26 pessoas, maioritariamente turistas indianos. A Índia responsabilizou o Paquistão pelo ataque, o que exacerbou as hostilidades.
No dia 07 de maio, a situação deteriorou-se quando ataques de drones e bombardeamentos começaram a ser realizados nas áreas fronteiriças. O cessar-fogo, no entanto, foi anunciado hoje e alegadamente sofreu violações pouco tempo após a sua implementação.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elogiou o acordo, descrevendo-o como "completo e imediato" numa publicação na rede social Truth Social. O primeiro-ministro do Paquistão, Shehbaz Sharif, mostrou a sua gratidão a Trump pela sua liderança em prol da paz, destacando a importância do apoio dos EUA para alcançar este resultado.
Por outro lado, o exército indiano assegurou que está "totalmente preparado, sempre vigilante e empenhado em defender a soberania e a integridade da Índia", pouco após o anuncio do cessar-fogo.