Economia

Economia Portuguesa Regista Financiamento ao Exterior de 2,6% do PIB

Nos últimos 12 meses até março, a economia portuguesa apresenta um financiamento exterior de 2,6% do PIB, revelando uma diminuição em relação ao ano anterior, segundo o Banco de Portugal.

há 7 horas
Economia Portuguesa Regista Financiamento ao Exterior de 2,6% do PIB

De acordo com o Banco de Portugal (BdP), a economia nacional financiou o exterior em 2,6% do Produto Interno Bruto (PIB) no período terminado em março deste ano, representando uma diminuição em comparação com os 3,3% registados no ano passado.

Nos detalhes, os particulares destacaram-se ao demonstrar uma capacidade de financiamento de 4,4% do PIB, seguidos pelo setor financeiro com 1,4% e pelas administrações públicas que apresentaram 0,9%. Em contrapartida, as empresas não financeiras foram as únicas a necessitar de financiamento, com uma necessidade de 4,1% do PIB.

Os particulares foram responsáveis por financiar todos os demais setores, especialmente o setor financeiro, com um dos saldos de financiamento mais elevados desde o terceiro trimestre de 2021. O financiamento líquido dos particulares ao setor financeiro atingiu 2,2% do PIB, influenciado pelo aumento de depósitos, apesar do crescimento dos empréstimos para habitação.

Quanto ao setor financeiro, este financiou o resto do mundo e as empresas não financeiras, com um financiamento líquido para o exterior que correspondeu a 4,5% do PIB, resultado das compras de títulos de dívida estrangeira e do incremento de depósitos por não residentes em bancos portugueses.

As administrações públicas, por sua vez, financiaram essencialmente o setor financeiro, com um volume de 1,3% do PIB, proveniente da diminuição de títulos de dívida pública em bancos e do aumento de depósitos.

Além disso, os não residentes também contribuíram com 2,4% do PIB através do investimento em ações e títulos de dívida emitidos por empresas não financeiras.

O BdP também fez uma avaliação dos ativos financeiros líquidos dos particulares, que no final de março representavam 200,1% do PIB, quase três vezes superiores aos passivos, evidenciando um crescimento contínuo desde o último trimestre de 2023 e alcançando um novo recorde de 577,4 mil milhões de euros.

Ainda assim, apesar deste crescimento nominal, a variação foi inferior ao aumento da economia, diminuindo em 1,4 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior.

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