"Divisão de Fortunas: Jovem Investigador Dita Novo Capítulo na IA"
Matt Deitke, um prodígio de 24 anos, aceita proposta de 250 milhões da Meta, após recusar oferta inicial de 125 milhões. Uma nova era para a inteligência artificial?

A Meta, gigante tecnológica sob a liderança de Mark Zuckerberg, tem investido significativamente na contratação de especialistas em Inteligência Artificial (IA) para fortalecer a sua equipa. Recentemente, a empresa fixou o olhar em Matt Deitke, um jovem investigador de apenas 24 anos, que aceitou uma proposta de 250 milhões de dólares (cerca de 215,5 milhões de euros).
Segundo informações do New York Times, esta não foi a primeira tentativa da Meta em contratar Deitke, pois a primeira abordagem foi de 125 milhões de dólares (aproximadamente 107,7 milhões de euros). A aceitação da oferta foi confirmada pelo próprio Deitke, que partilhou uma foto no LinkedIn com um casaco da Meta, exclamando: “Juntei-me na semana passada ao Meta Superintelligence Labs. Vai ser uma viagem entusiasmante!”
Os 250 milhões de dólares serão pagos ao longo de quatro anos, com 100 milhões a serem recebidos no primeiro ano. O professor de economia do MIT, David Autor, compara estas contratações de talento no sector tecnológico às contratações de atletas de topo, afirmando que “quando cientistas computacionais são pagos como atletas profissionais, diria que chegámos ao clímax da ‘Vingança dos Nerds’”.
A Meta também tem procurado atrair talentos de rivais, tendo recrutado Shengjia Zhao, um ex-investigador da OpenAI, para liderar a divisão de IA, conhecido por ter sido um dos criadores do ChatGPT. A empresa anunciou que parte do investimento vai ser direcionada para a construção da infraestrutura necessária para o desenvolvimento da IA, planeando aumentar este investimento até 2026.
No entanto, o panorama do mercado levanta questões, uma vez que várias gigantes tecnológicas estão a despedir milhares de funcionários enquanto investem milhões em especialistas. A Microsoft, por exemplo, demitiu recentemente cerca de 15 mil trabalhadores, afetando também a sua divisão de videojogos. Ramesh Srinivasan, professor da UCLA, questiona este desequilíbrio, sublinhando que “estas empresas estão a pagar centenas de milhares de dólares a um punhado de investigadores de elite, enquanto simultaneamente despedem milhares de empregados, muitos dos quais são classificados como temporários e desempenham funções que a IA visa substituir”.