Desafios da Covid Longa: Falta de Consenso Complica Tratamentos
Um estudo do JAMA Network Open revela a ausência de uma definição clara para a Covid longa, o que pode afetar negativamente diagnósticos e tratamentos.
Recentemente, um estudo publicado no JAMA Network Open trouxe à tona a questão da falta de clareza na definição de Covid longa dentro da comunidade científica. A pesquisa sugere que essa indefinição pode resultar em problemas significativos para o tratamento de inúmeros pacientes que sofrem com esta condição.
A investigação aponta que a forma como se define a Covid longa pode variar consoante a fonte consultada, o que dificulta não apenas o diagnóstico, mas também a escolha dos tratamentos adequados para cada caso. Lauren Wisk, uma das autoras do estudo, enfatiza que esta falta de um critério uniforme pode provocar uma rotulação imprecisa dos doentes e, consequentemente, a administração de cuidados inadequados.
Os pesquisadores analisaram cinco diferentes definições de Covid longa com base na duração dos sintomas e na variedade de manifestações clínicas, que variavam entre quatro a seis semanas, abrangendo até 44 possíveis sintomas. O diagnóstico pelos pacientes oscilou entre 15% e 42%, dependendo da definição utilizada.
Além do impacto imediato nos tratamentos, a ausência de um padrão claro poderá influenciar futuros estudos sobre a Covid longa. "Caso cada pesquisa utilize critérios diferentes para identificar a condição, as conclusões tornam-se difíceis de analisar e comparar, potencialmente atrasando o progresso científico", adverte Wisk.
Por outro lado, a variante Nimbus da Covid-19 revelou-se prevalente em 14 estados, sendo considerada a segunda variante mais comum nos EUA neste verão. Com o aumento dos casos, surgem agora alertas sobre uma nova variante, designada XFG ou Stratus, que pertence à família ómicron. Primeiramente identificada em janeiro de 2025, a XFG foi adicionada à lista de 'Variantes em Monitorização' da OMS em junho.
Os primeiros sinais da Nimbus incluem dores de garganta intensas, descritas por alguns doentes como se estivessem a engolir objetos afiados. A nova subvariante Stratus, embora possua um perfil symptomático diferente, apresenta um sinal distintivo: a disfonia, que se traduz em voz rouca, um aspecto que deve ser monitorizado de perto pelos especialistas em saúde.