O primeiro-ministro de Israel enviou uma delegação a Doha para negociar a soltura de reféns do Hamas, incluindo Edan Alexander, que será libertado como símbolo de avanço nas negociações.
A decisão de enviar uma delegação a Doha foi anunciada na terça-feira pelo primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu. O gabinete de Netanyahu revelou que o objetivo da equipa é negociar a libertação de reféns mantidos pelo grupo islamita Hamas em Gaza. Este movimento ocorre num momento em que o Hamas confirmou a liberação de Edan Alexander, um refém israelo-americano, simbolizando um gesto positivo nas negociações de cessar-fogo.
A confirmação da libertação de Alexander aconteceu após uma reunião em Jerusalém, na qual Netanyahu se encontrou com Steve Witkoff, enviado dos EUA, e com o embaixador norte-americano em Israel, Mike Huckabee. O primeiro-ministro expressou o seu agradecimento a Donald Trump pela mediação que contribuiu para a libertação do refém, prevista para o final do dia na Faixa de Gaza. Alexander é o único refém com nacionalidade norte-americana que ainda se encontra vivo sob cativeiro.
No último domingo, o Hamas anunciou que esta libertação visava incentivar o diálogo em torno de um cessar-fogo mais amplo na região. A ala armada do movimento, as Brigadas Al-Qassam, confirmou que Alexander seria libertado. Este anúncio ocorreu na véspera da visita de Trump ao Médio Oriente, que terá lugar de terça a sexta-feira, passando por países como a Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Qatar, que desempenha um papel como mediador nas conversações entre Israel e o Hamas.
Por sua vez, representantes do Hamas e dos Estados Unidos mantiveram conversações diretas em Doha para discutir não só um cessar-fogo, como também potenciais trocas de prisioneiros e a facilitação de ajuda humanitária em Gaza. As autoridades israelitas têm agora a informação de que 59 sequestrados ainda permanecem em cativeiro desde o ataque do Hamas a Israel a 07 de outubro de 2023, com 24 estimados como ainda vivos, embora a condição de três deles seja incerta.