Decano dos Cardeais inaugura o Conclave com missa solene

Uma cerimónia solene vai inaugurar o conclave que escolherá o novo Papa. No dia 7 de maio, a Basílica de São Pedro, em Roma, será palco de uma missa presidida por Giovanni Battista Re, de 91 anos, decano do Colégio Cardinalício.

Antes desse evento e dois dias antes, a Capela Paulina, no Palácio Apostólico, acolherá o juramento dos oficiais e religiosos que irão colaborar com o trabalho dos cardeais. Segundo os comunicados do Vaticano, todos os designados para o conclave – tanto eclesiásticos como leigos – terão de "prestar e subscrever o juramento prescrito". Entre os que integram essa lista encontram-se desde o secretário do Colégio Cardinalício e mestres de cerimónias até aos profissionais de apoio, como médicos, enfermeiros, trabalhadores dos elevadores, pessoal das cantinas, serviços de limpeza, floristas, seguranças e motoristas responsáveis pelo transporte dos cardeais entre a Capela Sistina e a Casa da Santa Marta, onde residirão os mais de 130 eleitores.

Após uma reunião recente das Congregações Gerais, o Colégio Cardinalício agradeceu a presença dos líderes das Igrejas não católicas e das comunidades eclesiais no funeral do Papa. Foi também destacada a participação dos representantes políticos, incluindo o Presidente, o Primeiro-Ministro, o presidente da Assembleia da República e o Ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, reconhecendo o seu apoio e solidariedade num momento de profunda emoção para a Igreja.

Num espírito de gratidão, os cardeais agradeceram igualmente às autoridades italianas, à cidade de Roma, aos serviços de segurança, à Defesa Civil, aos meios de comunicação e a todos os trabalhadores que, com dedicação, garantiram que os preparativos decorressem com ordem e tranquilidade. Ainda, o Jubileu dos Adolescentes, realizado no domingo, destacou a energia renovada dos jovens, mostrando o rosto de uma Igreja vibrante e viva.

O pontífice Francisco, nascido Jorge Mario Bergoglio em Buenos Aires, em 17 de dezembro de 1936, que foi o primeiro jesuíta e o primeiro latino-americano a liderar a Igreja Católica, fez a sua última aparição pública no Domingo de Páscoa, no Vaticano, tendo falecido a 21 de abril.