Economia

CP adia revisão salarial à espera de autorização governamental

há 2 horas

A CP adiou aumentos que excedam os 4,7% previstos, alegando impossibilidade de aprovação por parte do Governo em gestão, mas promete retomar renegociações quando as condições se concretizarem.

CP adia revisão salarial à espera de autorização governamental

Comboios de Portugal (CP) afirmou, numa nota à Lusa, que qualquer proposta que implique um aumento global da massa salarial superior a 4,7% necessita de autorização tutelares, conforme o Despacho n.º 1103-B/2025. De momento, tal autorização não pode ser concedida devido à situação do Governo em gestão.

Num contexto de tensão, os revisores da CP encontram-se hoje em greve, convocada pelo Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI), o que resultou na paralisação total dos comboios entre a meia-noite e as 10:00. Segundo o sindicato, a greve conta com adesão integral e não foram estabelecidos serviços mínimos.

Em reunião realizada no sábado, o presidente da administração da CP informou os sindicatos de que o Governo não autorizou a aplicação da última proposta apresentada. Inicialmente, a CP havia oferecido uma contraproposta na semana passada que, dois dias depois, foi retirada da mesa de negociações, caracterizando um processo sem precedentes, de acordo com os representantes dos trabalhadores.

A proposta incluía um novo aumento salarial, a partir de janeiro de 2025, ajustado para compensar a diferença em relação ao Salário Mínimo Nacional de 2018, bem como um incremento de 4% em dezembro de 2025 e a redução dos prazos de progressão entre os índices salariais. Ainda, os sindicatos confirmam que a greve se prolongará nos dias 07 e 08 de maio.

O Ministério das Infraestruturas e Habitação reforçou à Lusa que a proposta da CP não se insere nas competências de um Governo em gestão, enquanto um tribunal arbitral decidiu que, dada a curta duração da greve, não cabe definir serviços mínimos para a circulação e uso das composições de transporte.

Tags:
#ReestruturaçãoCP #GovernoEmGestão #GreveFerroviária