Falhas de energia impedem a validação de prescrições e ameaçam a conservação de medicamentos que necessitam de refrigeração, alerta a ANF.
A Associação Nacional de Farmácias (ANF) encontra-se alerta face aos problemas provocados pelo apagão ocorrido às 11:30, que tem causado sérios contratempos nas farmácias, nomeadamente na validação de prescrições e no funcionamento dos sistemas de comunicação.
A presidente da ANF, Ema Paulino, informou que, devido à instabilidade energética, várias farmácias já tiveram de limitar as suas operações, mantendo apenas serviços de emergência e urgência. Esta situação ameaça sobremaneira a conservação dos medicamentos que precisam de manutenção a temperaturas controladas, como as vacinas.
Apesar da existência de geradores e sistemas de UPS (fonte de energia ininterrupta) que garantem a continuidade dos sistemas num cenário de corte de energia, estes dispositivos têm uma autonomia restrita. Assim, se a energia não for restabelecida rapidamente, tanto os computadores como os equipamentos de refrigeração poderão deixar de funcionar.
A ANF orienta atualmente as farmácias a prioritizarem a utilização da energia dos geradores e das UPS para a preservação dos medicamentos e já está a avaliar os limites de tempo para os fármacos que necessitam de refrigeração, para definir medidas adequadas de conservação.