Conflitos e reações acesas marcam regresso de Gachagua ao Quénia

O retorno de Rigathi Gachagua ao Quénia nesta terça-feira provocou uma onda de tumulto em Nairóbi. O ex-vice-presidente, que desempenhou um papel crucial na eleição de William Ruto em 2022 ao mobilizar eleitores na zona central do Monte Quénia, é agora um dos principais candidatos da oposição para as presidenciais de 2027.

Após ser destituído no ano passado em razão de desavenças com o atual presidente, Gachagua regressou ao país após uma longa estadia nos Estados Unidos, onde promoveu o seu partido. Kipchumba Murkomen, ministro do Interior, classificou a sua volta como uma "ameaça à segurança".

Apesar do reforço policial à porta do Aeroporto Internacional Jomo Kenyatta (JKIA), um considerável grupo de apoiantes bloqueou inicialmente um dos acessos, causando uma verdadeira paragem no trânsito. À medida que Gachagua surgia, gritos de protesto contra a reeleição do presidente em 2027 ecoaram. Em um momento tenso, o ex-vice-presidente foi confrontado por opositores que lhe lançaram pedras, levando a polícia a usar gás lacrimogéneo para controlar a situação.

Nas redes sociais, Gachagua expressou a sua gratidão: "Obrigado, meu grande povo do Quénia, pelo amor. Estou feliz por estar de volta a casa". Contudo, as suas ambições para 2027 são ofuscadas por várias alegações de corrupção, incluindo ameaças a juízes e envolvimento em práticas de divisão étnica.

As imagens do tumulto no aeroporto são um reflexo da crescente tensão política no país.