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"Conflito de Influências: Orbán Acusa Ucrânia de Infiltração na Hungria"

O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, afirmou que a Ucrânia está a enviar agentes secretos para moldar a opinião pública húngara antes das eleições de 2026.

há 6 horas
"Conflito de Influências: Orbán Acusa Ucrânia de Infiltração na Hungria"

Viktor Orbán, o primeiro-ministro húngaro, fez sérias acusações contra a Ucrânia, afirmando que esta está a infiltrar agentes dos seus serviços secretos na Hungria com o intuito de influenciar as eleições legislativas de 2026. Orbán defendeu que esta manobra visa a instalação de um governo simpático a Kyiv, o que, segundo ele, facilitaria a aproximação da Ucrânia à União Europeia.

Durante uma entrevista à rádio Radio Kossuth, Orbán declarou: "O objetivo é ganhar as eleições para depois implementar as decisões que estão a ser tomadas em Bruxelas". Ele sustentou que estas ações de espionagem são perceptíveis a todos os cidadãos húngaros.

A tensão entre a Hungria e a Ucrânia aumentou desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022, culminando, em maio, na expulsão mútua de diplomatas em consequência de alegações de espionagem. Recentemente, a Ucrânia prendeu dois cidadãos que supostamente colaboravam com os serviços secretos na Transcarpátia, um território com significativa população húngara, visando identificar violações de segurança e avaliar a opinião pública antes de um hipotético envio de tropas húngaras.

A Hungria reagiu a estas acusações, designando supostos espiões ucranianos e apontando para uma campanha de difamação por parte de Kyiv, em resposta à sua posição crítica sobre a guerra e à assistência militar dada pela Hungria, que reflete a postura de grande parte da UE.

Na sequência deste clima de acirramento, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Oleksandr Mishchenko, convocou o embaixador húngaro em Kyiv, onde expressou a preocupação de que as autoridades húngaras estivessem a tentar arrastar a Ucrânia para questões de política interna, desafiando assim a soberania ucraniana.

Em declarações mais recentes, Orbán reafirmou a sua oposição à adesão da Ucrânia à União Europeia durante uma sessão parlamentar e partilhou os resultados de uma consulta popular na qual 95% dos húngaros se opuseram a essa candidatura.

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