O presidente Gustavo Petro revelou que pretende assinar uma carta de intenções para integrar as Novas Rotas da Seda na sua visita à China na próxima semana, num movimento que pode intensificar tensões com os EUA.
Na passada terça-feira, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, anunciou a sua intenção de assinar uma carta de intenções para que o país se integre no projeto económico conhecido como Novas Rotas da Seda, durante uma visita à China agendada para a próxima semana.
Em declarações feitas em Bogotá, Petro destacou: "Vamos falar com (o presidente chinês) Xi Jinping de igual para igual. Vou assinar a Rota da Seda, a sua carta de intenções".
Desde 2013, este projeto tem sido o eixo central da estratégia chinesa para aumentar a sua influência no exterior, com mais de 100 países já a participar. O objetivo principal é o desenvolvimento de infraestruturas marítimas, rodoviárias e ferroviárias, especialmente em países em desenvolvimento.
O anúncio de Petro surge num contexto de tensões bilaterais com os EUA, especialmente após a expulsão de imigrantes colombianos pela administração de Donald Trump.
As associações empresariais colombianas expressaram a sua preocupação com possíveis repercussões negativas decorrentes deste anúncio, uma vez que os EUA permanecem o principal parceiro comercial da Colômbia.
A China é atualmente o quarto maior destino das exportações colombianas, com a expectativa de subir para o segundo lugar. Os principais produtos exportados para a China incluem petróleo, carvão, ouro e esmeraldas.