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Líbia rejeita qualquer compromisso relativo a migrantes expulsos dos EUA

há 2 dias

O Governo da Líbia afirmaram que não existem acordos com os EUA para receber migrantes expulsos, reiterando a proibição de assentamentos permanentes no país.

Líbia rejeita qualquer compromisso relativo a migrantes expulsos dos EUA

O Governo de Unidade Nacional (GNU) da Líbia, com sede em Tripoli, desmentiu hoje qualquer possibilidade de um acordo com os Estados Unidos para receber migrantes que estão a ser expulsos. O executivo destacou a sua firme recusa em admitir a instalação permanente de migrantes no território líbio.

A Líbia, que se encontra em estado de desordem desde a derrubada de Muammar Kadhafi em 2011, é atualmente governada por duas administrações rivais: o GNU, reconhecido internacionalmente e liderado por Abdelhamid Dbeibah, e um governo em Benghazi, sob o controlo do marechal Khalifa Haftar.

Recentemente, meios de comunicação norte-americanos, incluindo a CNN, relataram que os EUA estão a considerar o regresso de migrantes expulsos para a Líbia ou outros países. Em resposta a estas informações, o GNU declarou de forma categórica a ausência de "qualquer acordo ou coordenação para a receção" de tais migrantes.

O governo de Tripoli ainda afirmou que qualquer entendimento firmado por "entidades paralelas" que não representem o Estado líbio não possui validade legal ou política.

Abdelhamid Dbeibah reiterou na sua conta da rede social X que a Líbia não aceitará ser um destino para migrantes que sejam expulsos, independentemente das circunstâncias. "A dignidade humana e a soberania nacional não são negociáveis", ressaltou Dbeibah.

Adicionalmente, o Ministério dos Negócios Estrangeiros do governo de Benghazi também desmentiu a existência de qualquer acordo que permita a recepção de migrantes, qualquer que seja a sua origem nacional.

A Líbia permanece um ponto de passagem perigoso para centenas de milhares de migrantes oriundos da África Subsaariana, que tentam atravessar o Mediterrâneo em busca de uma vida melhor na Europa.

Tags:
#DireitosHumanos #SoberaniaNacional #CriseMigratória