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Coligação alerta Sánchez: "Governar exige ação, não apenas resistência"

Os aliados de governo de Pedro Sánchez exigem mais medidas e esclarecimentos sobre as alegações de corrupção no PSOE, reiterando que resistir não é suficiente para garantir a legislatura até 2027.

há 3 horas
Coligação alerta Sánchez: "Governar exige ação, não apenas resistência"

No parlamento espanhol, os representantes dos partidos que sustentam o governo de Pedro Sánchez reiteraram a necessidade de ação efetiva, afirmando que “governar não é resistir”. A ministra de Trabalho, Yolanda Díaz, líder do partido Somar, expressou preocupação sobre a situação atual e a desconfiança pública em relação à corrupção.

Recentemente, Sánchez apresentou um plano anticorrupção com 15 medidas, desenvolvido em colaboração com a OCDE, na tentativa de restaurar a confiança das forças que asseguraram a sua liderança. Este plano surge em resposta às investigações que envolvem antigos líderes do PSOE, saqueando a confiança que os espanhóis depositam no governo.

O primeiro-ministro, reafirmando a sua posição, rejeitou a hipótese de demissão, afirmando que a corrupção se limita a ações individuais e que o partido em si não se encontra envolvido em financiamento ilegal.

Yolanda Díaz, embora acredite na honestidade de Sánchez, apelou por uma mudança social e pela concretização de acordos no que diz respeito a habitação e direitos laborais, elementos que ainda estão por cumprir desde a formação da coligação.

Os aliados do Governo também expressaram que não são suficientes as ameaças da direita para justificar a permanência no executivo. Miriam Nogueras, deputada dos JxCat, destacou que a sua prioridade é a defesa da Catalunha e não a estabilidade de um governo central.

Adicionalmente, Maribel Vaquero, do PNV, avisou que a confiança em Sánchez está a deteriorar-se, enquanto Gabriel Rufián da ERC pediu medidas radicais para combater a ascensão da direita, condicionando o apoio do partido a novas suspeitas de corrupção.

Apenas a Coligação Canária solicitou uma moção de confiança imediata, reforçando que, se não houver apoio suficiente, é melhor encarar as urnas do que continuar a sofrer a erosão da democracia.

Sánchez, por seu lado, afastou a possibilidade de uma moção de confiança, lembrando que a oposição pode sempre iniciar uma moção de censura, uma opção que não foi discutida na sessão parlamentar.

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