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Cabo Verde inicia formação de médicos em seis especialidades a partir de 2026

O governo de Cabo Verde irá iniciar a formação de médicos em seis especialidades a partir de 2026, visando a autonomia na área da saúde e a redução da dependência de profissionais estrangeiros.

há 6 horas
Cabo Verde inicia formação de médicos em seis especialidades a partir de 2026

O governo de Cabo Verde anunciou, durante uma sessão parlamentar, que a partir de 2026 o país irá dar início à formação de médicos em seis áreas de especialidade. Esta iniciativa visa diminuir a dependência de profissionais de saúde estrangeiros e de missões internacionais, como as provenientes de Cuba e da China.

O ministro da Saúde, Jorge Figueiredo, explicou que a implementação de um programa de formação médica interna permitirá, a longo prazo, construir uma base sólida para a especialização em Cabo Verde. O apoio será fornecido por médicos cabo-verdianos residentes no estrangeiro, que atuarão como docentes nesta formação.

O ministro enfatizou a intenção do governo de fortalecer o sistema nacional de saúde, de modo a implementar reformas necessárias e, em um horizonte de 10 anos, substituir sustentavelmente os médicos estrangeiros. As primeiras especialidades a serem oferecidas incluem cirurgia, pediatria, ginecologia, anestesia, medicina interna e medicina geral e familiar.

A partir de 2030, estão previstas novas formações em áreas como cardiologia, ortotraumatologia, oncologia, oftalmologia, psiquiatria e hematologia, com o objetivo de reduzir os deslocamentos necessários para tratamentos no exterior em cerca de 30%.

Durante o debate, o ministro também abordou a questão dos recursos disponíveis, revelando que existem atualmente 10 aparelhos de Tomografia Computorizada (TAC) no setor privado, com uma média de um TAC para cada 50 mil habitantes, comparado a um para cada 25 mil na União Europeia.

Jorge Figueiredo destacou que este aumento na disponibilidade de aparelhos reflete melhorias significativas nas condições de consulta e diagnóstico. Com a modernização das infraestruturas e o aumento da acessibilidade das análises clínicas, verificou-se uma redução na mortalidade geral e infantil, consequência direta do aprimoramento das condições de atendimento à saúde.

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