Cibersegurança em Debate: As Questões Mais Comuns dos Portugueses no ChatGPT

A introdução do ChatGPT no final de 2022 transformou o nosso modo de buscar informações online. Embora plataformas como o Google continuem a ser amplamente utilizadas, o número de pessoas a recorrer ao ChatGPT para diálogo e esclarecimento de dúvidas, especialmente sobre tecnologia e cibersegurança, tem vindo a aumentar.

A NordVPN, empresa especializada em redes privadas virtuais (VPN), conduziu um estudo sobre as perguntas mais frequentes feitas pelos utilizadores em Portugal, focando-se nas preocupações com a cibersegurança.

De acordo com Marijus Briedis, CTO da NordVPN, "muitas das questões revelam sérias lacunas no entendimento da cibersegurança por parte dos utilizadores. Esta falta de conhecimento os torna vulneráveis a fraudes, roubo de identidade e ataques de engenharia social. Mais preocupante ainda é o facto de que, ao procurar ajuda, frequentemente partilham dados pessoais sem estarem cientes dos riscos envolvidos."

Briedis nota que as interrogações feitas ao ChatGPT refletem um interesse crescente em três áreas cruciais da cibersegurança: a proteção dos dados pessoais, a segurança das contas online e a privacidade nas comunicações.

O estudo da NordVPN revelou uma lista interessante de perguntas que os usuários fazem ao ChatGPT, dividindo-as em duas categorias:

As perguntas mais frequentes:

• Como posso proteger os meus dados pessoais online?
• Quais são as melhores práticas para criar senhas seguras?
• O que é a autenticação de dois fatores?

As perguntas mais divertidas:

• Posso usar o ChatGPT para criar uma identidade secreta?
• O que aconteceria se um hacker tentasse atacar um robot conversa?
• Consigo fazer um amigo imaginário digital?

A NordVPN ressalta que, apesar do cariz divertido de algumas destas questões, a análise feita evidencia que muitos utilizadores ainda partilham informações sensíveis sem se aperceberem dos potenciais riscos envolvidos.

"Mesmo que as questões possam parecer leves, elas indicam um problema substancial: a falta de consciência sobre os perigos da divulgação de dados pessoais", declarou Briedis.

Assim, a empresa aconselha todos os utilizadores que costumam recorrer ao ChatGPT ou a outras ferramentas de Inteligência Artificial a evitarem a inserção de informações como nomes completos, contactos, localização, links para redes sociais, dados financeiros e credenciais online.