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Chuvas devastadoras no Paquistão: Mais de 50 vítimas em 24 horas

Nos últimos dias, o Paquistão registou mais de 50 mortes devido a chuvas intensas, elevando o total para cerca de 180 desde o início das monções de verão. Autoridades alertam para riscos adicionais.

há 11 horas
Chuvas devastadoras no Paquistão: Mais de 50 vítimas em 24 horas

O Paquistão enfrenta uma crise humanitária à medida que as chuvas torrenciais causaram a morte de mais de 50 pessoas nas últimas 24 horas. A Autoridade de Gestão de Desastres do país informou que, desde o início das monções de verão, em junho, aproximadamente 180 vidas foram perdidas, incluindo 70 crianças.

A porta-voz da organização, em declarações à Agência France Press (AFP), revelou que 54 fatalities e 227 feridos foram notificados nas últimas 24 horas, com a província do Punjab a ser a mais afetada. Os dados foram reportados às 08h00 locais.

O departamento meteorológico local emitiu um alerta sobre o agravamento das condições meteorológicas, prevendo chuvas intensas e rápidas inundações nas próximas 48 horas. Para fazer face a esta situação, as autoridades de Rawalpindi, situada a cerca de 20 quilómetros da capital Islamabad, declararam feriado e instaram os cidadãos a permanecerem em casa.

As recomendações incluem a preparação de 'kits' de emergência com alimentos, água e medicamentos para três a cinco dias, sobretudo para aqueles que residem em áreas com risco elevado. Algumas famílias foram obrigadas a evacuar as suas casas devido ao transbordamento de um rio que atravessa a cidade.

Desde o início das monções, cerca de 500 pessoas foram feridas, num contexto em que o Paquistão, com uma população de 255 milhões, se destaca como um dos países mais vulneráveis às consequências das alterações climáticas. A região do Sul da Ásia, onde as monções representam 70% a 80% da precipitação anual, é crítica para a subsistência de milhões de agricultores.

Importa salientar que o Paquistão ainda está a tentar recuperar das catastróficas inundações de 2022, que afectaram quase um terço da nação e provocaram a morte de cerca de 1.700 pessoas, além da destruição de importantes colheitas.

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