Chuvas devastadoras no Paquistão: continue a busca por 150 desaparecidos
As equipas de resgate intensificaram os esforços para encontrar 150 pessoas desaparecidas após chuvas torrenciais que causaram 660 mortes no Paquistão desde a semana passada.

As operações de resgate no Paquistão estão em pleno andamento, com equipas dedicadas à busca de 150 indivíduos que continuam desaparecidos em consequência das chuvas intensas que, desde a semana passada, já causaram a morte de 660 pessoas.
A Autoridade Nacional de Gestão de Desastres (NDMA) do Paquistão informou que o número de feridos subiu para 929, com a maioria das vítimas registadas na província de Khyber Pakhtunkhwa, onde 392 vidas foram perdidas. Os distritos de Buner e Shangla foram particularmente severamente afetados por estas intempéries entre sexta-feira e domingo.
Estas áreas remotas, nas montanhas do noroeste, viram as suas infraestruturas devastadas, com as inundações descritas pelos sobreviventes como “muros de lama e pedras”, levando à destruição de casas e pontes, o que tem dificultado os esforços de resgate em curso.
Aproximadamente dois mil socorristas estão no terreno, empenhados na tarefa de localizar os desaparecidos entre os escombros. Enquanto as buscas avançam no noroeste, as monções estão a ameaçar agora outras regiões do país, especialmente o sul e o leste, com alertas para chuvas intensas até ao dia 20 de agosto, especialmente nas províncias de Punjab e Sindh, onde se localiza a cidade de Carachi.
Segundo especialistas, o Paquistão é um dos países mais suscetíveis a fenómenos climáticos extremos a nível global. Vale lembrar que, no ano passado, as chuvas durante a época das monções resultaram em mais de 1.700 mortos e perdas económicas que ultrapassaram os 30 mil milhões de euros.