Ajuda internacional chega a Espanha face a incêndios devastadores
Sete países da UE assistem Espanha no combate a 23 grandes fogos florestais, que têm causado estragos significativos, especialmente nas regiões da Galiza, Castela e Leão e Extremadura.

Situação alarmante em Espanha, que enfrenta atualmente 23 grandes incêndios florestais, conforme revelado por Virginia Barcones, diretora da Proteção Civil espanhola. Para potenciar o combate às chamas, reclamações foram feitas por Espanha ao Mecanismo de Proteção Civil da União Europeia a 11 de agosto.
Os fogos estão particularmente concentrados nas regiões da Galiza, Castela e Leão e Extremadura, zonas que limitam com Portugal e que se encontram em estado crítico. A Proteção Civil informou que, ao início da tarde, permanecem em curso 23 incêndios com alta gravidade, mobilizando milhares de bombeiros e cerca de 2.000 militares.
Além do apoio já recebido de França e Itália, que disponibilizaram dois aviões Canadair cada um, Espanha aguarda a chegada de mais recursos aéreos e equipas de bombeiros oriundas de França, Alemanha, Países Baixos, Finlândia, Eslováquia e República Checa, conforme indicado por Barcones numa conferência de imprensa em Madrid.
Estes incêndios coincidem com uma vaga de calor prolongada de 16 dias, que os meteorologistas prevêem que termine hoje. A ministra da Defesa, Margarita Robles, reconheceu que apenas uma queda nas temperaturas poderá permitir retomar o controlo sobre as chamas.
Nos incêndios deste verão, quatro vidas foram perdidas e milhares de pessoas foram forçadas a evacuar as suas habitações por razões de segurança. A situação das estradas no norte e noroeste de Espanha é crítica, com o cancelamento de todas as ligações de comboio de alta velocidade entre Madrid e a Galiza.
As chamas estão a ameaçar áreas de proteção ambiental, incluindo o Parque Nacional Picos da Europa, levando as autoridades a pedir aos peregrinos dos Caminhos de Santiago que interrompam os seus trajetos, especialmente nas áreas de Castela e Leão.
Até ao momento, estima-se que os incêndios já consumiram 343 mil hectares, ultrapassando o anterior recorde de 306 mil hectares queimados em 2022, conforme dados provisórios do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS).