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China intervém no mercado automóvel para controlar guerra de preços

Frente à desaceleração económica, Pequim reforça regulação no setor dos carros elétricos para conter a "concorrência irracional" e garantir a sustentabilidade do mercado.

há 13 horas
China intervém no mercado automóvel para controlar guerra de preços

O mercado automóvel na China, particularmente no segmento dos carros elétricos, está a viver um acirrado conflito de preços entre diversos fabricantes. Em resposta a esta situação, as autoridades chinesas anunciaram a intenção de aumentar a regulação do setor, com o objetivo de combater o que consideram ser uma "concorrência irracional".

Durante uma reunião do Conselho de Estado, o primeiro-ministro Li Qiang defendeu a importância de promover um "desenvolvimento de alta qualidade" no sector automóvel. O encontro foi divulgado pela agência de notícias Xinhua, que revelou que as medidas a ser implementadas incluem um reforço da supervisão dos preços e custos, bem como o aprimoramento de mecanismos que assegurem uma concorrência saudável a longo prazo, embora acções específicas ainda não tenham sido anunciadas.

No início deste ano, Cui Dongshu, secretário-geral da Associação Chinesa de Carros de Passageiros, tinha já avisado que a guerra de preços continuaria em 2025, em um ambiente marcado por uma "concorrência extremamente feroz". Este panorama levou diferentes marcas, tanto locais como internacionais – como a Tesla e a aliança entre a GAC e a Toyota – a lançarem campanhas promocionais que incluíam ofertas como pagamentos sem juros, redução de entradas e cortes significativos nos preços de certos modelos.

Em maio, a BYD, reconhecida como a maior vendedora mundial de elétricos, ofereceu descontos que chegavam a 34% em aproximadamente 20 dos seus modelos, uma decisão que especialistas interpretaram como um reflexo das dificuldades emergentes no mercado.

De acordo com a agência Bloomberg, em junho, as autoridades chinesas convocaram os líderes das principais fabricantes para instá-los à autorregulação e a terminar com a prática de vender veículos a preços inferiores ao custo real, além de descontos considerados irracionais.

Com uma procura interna debilitada, resultado da desaceleração económica e da incerteza geral, muitas empresas chinesas começaram a explorar a expansão para mercados externos, o que elevou a vigilância por parte de entidades como os Estados Unidos e a União Europeia, culminando na implementação de novas tarifas aduaneiras.

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