Cultura

'Catarina e a Beleza de Matar Fascistas' está de regresso a Lisboa em janeiro

A aclamada peça de Tiago Rodrigues será apresentada na Culturgest de 12 a 17 de janeiro, com bilhetes a 25 euros. Inclusões especiais para acessibilidade também estão previstas.

02/07/2025 11:10
'Catarina e a Beleza de Matar Fascistas' está de regresso a Lisboa em janeiro

A peça 'Catarina e a Beleza de Matar Fascistas', escrita e encenada por Tiago Rodrigues, terá nova apresentação em Lisboa, marcada para o início do próximo ano, entre os dias 12 e 17 de janeiro, na Culturgest. Esta foi a informação divulgada pela própria sala de espetáculos.

Durante este período, haverá sessões diferenciadas, incluindo uma com legendas em inglês no dia 15 e outra com legendas descritivas e audiodescrição a 17 de janeiro. Devido à elevada procura, esta última sessão contará com lugares reservados para aqueles que utilizam estes recursos.

O preço dos bilhetes foi fixado em 25 euros.

Antes da apresentação em Lisboa, a peça será exibida no Theatro Circo, em Braga, nos dias 6 e 7 de janeiro, conforme indicado no site do autor e encenador.

O espetáculo é protagonizado por um elenco que inclui António Parra, António Fonseca, Beatriz Maia, Carolina Passos Sousa, Isabel Abreu, João Vicente, Marco Mendonça e Romeu Costa. A cenografia é da responsabilidade de F. Ribeiro, enquanto os figurinos foram desenhados por José António Tenente e a iluminação por Nuno Meira, com a colaboração artística da Magda Bizarro.

A história de 'Catarina e a Beleza de Matar Fascistas' gira em torno de uma família que tem a tradição de eliminar fascistas, um ritual que Catarina, a mais nova, se recusa a seguir, crendo que todas as vidas merecem defesa. O ato culmina com um monólogo do líder de um partido de extrema-direita que atinge a maioria no governo.

Desde a sua estreia em setembro de 2020, no Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães, a peça tem sido apresentada repetidamente, acumulando prémios e participações em diversos palcos internacionais.

Durante uma das suas apresentações em Roma, a peça enfrentou protestos de grupos de extrema-direita, destacando-se o deputado do partido Irmãos de Itália, Federico Mollicone, que pediu a remoção do espetáculo. Em uma entrevista de 2022, Tiago Rodrigues comentou que a peça termina de forma trágica, exemplificando a falência de uma democracia que se vê impotente contra discursos fascistas.

Rodrigues notou a forte reação do público em diferentes países, desde cânticos populares em Portugal e Itália até o público a levantar-se em Viena, refletindo uma resposta significativa à provocação contida na obra.

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