Carney e Trump dialogam sobre a situação na Ucrânia e relações económicas

Hoje, o primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, manteve uma conversa telefónica com Donald Trump, onde discutiram os esforços para promover a paz na Ucrânia, uma iniciativa encabeçada pelo Presidente norte-americano. O objetivo foi explorar formas de "fortalecer a liderança" de Trump em prol de uma paz e segurança duradouras nesta região crítica da Europa.

A par da Ucrânia, os líderes também examinaram "desafios comerciais atuais, oportunidades e prioridades" no âmbito de uma renovação da relação económica e de segurança entre os Estados Unidos e o Canadá, conforme indicado no comunicado do gabinete de Carney.

Na sequência de um encontro com o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, Trump reuniu-se na segunda-feira em Washington com Volodymyr Zelensky, Presidente da Ucrânia, e com vários líderes europeus, com o intuito de estruturar um processo de paz para o conflito que se desenrolou desde a invasão russa em fevereiro de 2022.

Embora não tenha participado na reunião presencial na Casa Branca, o primeiro-ministro canadiano esteve presente numa cimeira virtual com líderes da União Europeia, onde foram partilhadas informações sobre a cimeira. Otava destacou o acolhimento positivo à “disponibilidade dos Estados Unidos para oferecer garantias de segurança”, que visam apoiar a paz e segurança na Ucrânia e na Europa.

O telefonema entre Carney e Trump coincidiu com uma reunião entre os chefes da diplomacia dos dois países. A canadiana Anita Anand e o norte-americano Marco Rubio juntaram-se em Washington para discutir a invasão russa da Ucrânia, a guerra na Faixa de Gaza e a segurança no Haiti.

As relações entre os dois países, historicamente fortes como vizinhos e aliados, têm enfrentado desafios desde a reeleição de Trump, que questionou repetidamente a soberania do Canadá e insinuou a possibilidade de que o país se tornasse o "51º estado" americano. Trump tem também criticado Justin Trudeau, antecessor de Carney, referindo-se a ele de forma pejorativa como "governador". Além disso, a imposição de tarifas aduaneiras sobre produtos canadianos por parte de Washington complicou as interacções económicas, afectando empresas norte-americanas que dependem de matérias-primas do Canadá.