O Benfica falhou na sua tentativa de surpreender o Sporting e terminou a época com um empate frustrante em Braga.
Na última jornada da I Liga, o Benfica viu as suas esperanças de título serem desfeitas pelo Sporting, que selou a conquista na tarde de sábado. A equipa das águias precisava de uma vitória na sua visita ao Sp. Braga, à espera de um deslize do Vitória SC, mas não conseguiu superar a pressão, terminando o encontro em 1-1.
Com uma exibição marcada pela falta de inspiração e determinação, talvez devido ao conhecimento de que as suas chances de conquistas eram escassas, a formação orientada por Bruno Lage não ofereceu resistência suficiente contra um Braga bem organizado por Carlos Carvalhal.
Sem a influência de Fredrik Aursnes no meio-campo, o Benfica mostrou-se desorientado desde o início, complicando ainda mais a sua situação quando Tomás Araújo cometeu falta sobre Ricardo Horta, resultando em penalti. Rodrigo Zalazar (20') não hesitou em fazer o primeiro golo da partida, enquanto Vangelis Pavlidis (63') igualou a contenda já na segunda parte.
Mesmo após a expulsão de João Moutinho, o Sp. Braga manteve-se firme, enquanto o Benfica não conseguiu concretizar a reviravolta, assistindo à festa do Sporting, que não precisou de recorrer a sequer a um empate em pontos.
Destaques da partida
A figura
Pavlidis tem vindo a mostrar-se uma peça chave na equipa, alcançando um total de 29 golos em 52 jogos. O seu trabalho, tanto na finalização como na construção do jogo, destacou-se, mesmo numa tarde de desilusão para as águias.
A surpresa
O jovem Roger foi uma constante dor de cabeça para a defesa do Benfica, deixando claro o seu potencial e capacidade de desequilibrar laços defensivos com a sua ousadia.
A desilusão
Andreas Schjelderup teve uma tarde para esquecer, mostrando-se ineficaz e sem conseguir encontrar o seu espaço no jogo, deixando os adeptos frustrados com a sua performance.
Os treinadores
Carlos Carvalhal
Mostrou grande competência ao anular os pontos fortes do Benfica, mantendo-se sempre em posição de aumentar a vantagem na primeira parte, embora o sonho de um pódio não tenha sido concretizado.
Bruno Lage
A sua abordagem ao jogo na conferência de imprensa transmitiu uma sensação de resignação, o que se refletiu na atitude do seu time ao longo do encontro. A exibição foi desorganizada e precipitada, uma tarde a esquecer.
O árbitro
Miguel Nogueira teve uma tarde exigente, contudo, as suas decisões nas jogadas polémicas foram acertadas, incluindo a grande penalidade e o cartão vermelho a João Moutinho, embora tenha deixado de lado um cartão amarelo a Zalazar por uma cotovelada em Otamendi.