Aumentos nos Preços dos Alimentos: O Que Está a Custar Mais para os Consumidores?

A recente análise da DECO PROTeste revela que fazer compras no supermercado ficou significativamente mais oneroso, com um aumento de quase 21 euros em relação ao mesmo período do ano anterior. A 13 de agosto, o preço do cabaz alimentar ascendeu a 244,30 euros, um acréscimo de 3,65 euros (1,52%) em comparação com a semana anterior.

Este montante representa um dos níveis mais altos desde que a DECO PROTeste começou a monitorizar, em janeiro de 2022. Na altura, o custo do cabaz era inferior em 8,14 euros (3,45%). Em comparação com janeiro de 2022, os consumidores estão agora a pagar 56,60 euros (30,16%) a mais.

Entre 14 de agosto do ano passado e o mesmo dia deste ano, a diferença fixou-se em 20,48 euros (9,15%). O Índice de Preços no Consumidor (IPC) também mostra um aumento de 2,6% em julho, um aumento de 0,2 pontos percentuais em relação ao mês anterior, de acordo com o INE.

Os produtos que registaram os maiores aumentos nos preços recentemente incluem o café torrado moído, que cresceu 15%, e flocos de cereais, que subiram 18%. O café apresenta um aumento notável de 67 cêntimos, atingindo agora 5,16 euros por uma embalagem de 250 gramas.

Comparando com a primeira semana do ano, os consumidores pagavam apenas 3,81 euros pela mesma embalagem, uma diferença de 1,35 euros (35% a menos). Desde o início desta análise, o café tem registado uma subida de 72%.

Além do café, outros produtos que sofreram aumentos consideráveis incluem ovos (28%) e brócolos (27%). O estudo da DECO PROTeste alertou para a situação de muitas famílias em Portugal, que enfrentam dificuldades em garantir acesso a bens alimentares essenciais.

Num panorama em que os dois maiores supermercados do país estão a registar vendas recorde de cinco milhões por hora, o acesso a alimentos continua a ser uma preocupação crescente entre os consumidores.