Economia

Aumento significativo de queixas no turismo durante o primeiro semestre de 2025

No primeiro semestre de 2025, as reclamações no turismo subiram 21%, totalizando 3.543 casos, principalmente relacionados com reservas online.

há 9 horas
Aumento significativo de queixas no turismo durante o primeiro semestre de 2025

No primeiro semestre de 2025, foi registado um aumento de aproximadamente 21% nas reclamações no setor do turismo, comparativamente ao mesmo período do ano anterior. Foram recebidas no Portal da Queixa um total de 3.543 queixas, com a maior parte a associar-se a problemas com sites de reservas.

De acordo com um comunicado enviado às redações na última sexta-feira, o Portal da Queixa explicou que os consumidores têm reportado, em especial, questões ligadas a cobranças indevidas, falhas na comunicação e preocupações sobre segurança, incluindo casos de possível fraude.

Os dados revelam que os sites de Reservas de Viagens lideram as queixas, com 50,04%, seguidos das Companhias Aéreas com 19,70%. Outros segmentos que também se destacam são os sites de Reservas de Alojamento (11,40%), os Marketplaces de Viagens (6,15%), e as Agências de Viagens (3,58%). Os Hotéis somaram apenas 2,43% das reclamações, enquanto os Aeroportos contabilizaram 1,89%.

As cobranças indevidas representam a maior fatia das queixas, com 57,24%, incluíndo problemas como débitos não autorizados, falhas na devolução de valores e discrepâncias nos preços. Outros motivos frequentes incluem falhas de comunicação/informação (9,91%) e questões relacionadas com a segurança de dados (7,71%). A má conduta das empresas leva a 7,37% das queixas, e cancelamentos ou atrasos de voos correspondem a 6,38%.

Lisboa é a cidade com o maior número de reclamações (33,53%), seguida do Porto (16,79%), sendo que as consumidoras do sexo feminino compõem a maioria das queixas (55,80%). A faixa etária mais afetada é a de 25 a 34 anos.

Pedro Lourenço, fundador do Portal da Queixa, afirmou que este aumento de queixas no turismo indica uma falta de informação e apoio ao cliente, o que compromete a confiança no setor. “O crescimento das queixas é um reflexo da desorganização e da incapacidade de resolver problemas, exigindo uma resposta dos reguladores e uma melhoria na literacia digital dos consumidores”, concluiu.

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