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Ativista português inicia greve de fome em defesa do reconhecimento da Palestina

Nuno Gomes, camionista de 57 anos, protesta à frente da Assembleia da República para que Portugal reconheça o Estado da Palestina e denuncie o genocídio em Gaza.

há 6 horas
Ativista português inicia greve de fome em defesa do reconhecimento da Palestina

Nuno Gomes, um ativista dos direitos humanos com 57 anos e camionista de pesados nos transportes internacionais, iniciou hoje o terceiro dia de uma greve de fome por tempo indeterminado. O seu protesto está a decorrer frente à Assembleia da República em Lisboa, onde se encontra desde terça-feira.

A principal motivação da greve de fome é a exigência do reconhecimento da Palestina como Estado por parte do Governo português, além da necessidade de intervenção humanitária urgente em Gaza. Nuno destaca que o que ocorre atualmente na região não deve ser considerado uma guerra ou um conflito, mas sim um genocídio. "É essencial que a situação em Gaza seja noticiada de forma precisa e contínua", afirmou.

Gomes, que reside em Coimbra mas é originário de Lisboa, tem o suporte da sua família, que o tem acompanhado nesta luta, assim como amigos e outros ativistas. O ativista critica o Governo português pela falta de reconhecimento da Palestina, apesar de já ter sido aprovado no Parlamento. "O Estado da Palestina merece o reconhecimento de acordo com as normas do direito internacional, e o Estado português deve cumprir com essa obrigação constitucional", sublinhou.

Ele reiterou seu compromisso de continuar a greve de fome até que suas demandas sejam atendidas: o reconhecimento da Palestina, o envio de ajuda humanitária a Gaza, e uma cobertura mediática mais justa por parte das principais cadenas noticiosas em Portugal.

Questionado sobre os riscos associados a uma greve de fome prolongada, Nuno demonstrou determinação. "Esta luta é pelas crianças que estão a sofrer e a serem assassinadas em Gaza. Esse é o foco da minha ação. Não posso hesitar agora", concluiu.

É importante lembrar que o conflito eclodiu a 7 de outubro de 2023, após um ataque do Hamas a Israel, que resultou em numerosas baixas. A resposta militar de Israel levou a um número elevado de mortos entre os palestinianos na Faixa de Gaza.

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