O ataque aéreo de Israel a uma escola em Bureij, alegadamente centro do Hamas, provocou a morte de 22 pessoas, segundo as autoridades de Gaza.
A Defesa Civil Palestiniana reportou hoje que um ataque aéreo israelita sobre uma escola no centro da Faixa de Gaza causou a morte de 22 pessoas, muitas delas deslocadas. Este incidente ocorreu no campo de Bureij, onde muitos cidadãos procuram abrigo em meio ao conflito.
Ahmad Radwan, um funcionário de serviços de emergência da região, confirmou à AFP que dezenas de pessoas também ficaram feridas no ataque. O exército israelita, através de um comunicado, defendeu que o ataque tinha como alvo um centro de comando do Hamas, onde, segundo afirmam, eram armazenadas armas destinadas a ataques contra civis e forças israelitas.
O IDF salientou que foram adotadas várias medidas para minimizar o risco de ferimentos a civis, mencionando o uso de munições precisas e vigilância aérea. Contudo, reiterou que as organizações terroristas violam constantemente o direito internacional, utilizando a infraestrutura civil e a população de Gaza como escudos humanos.
Atualmente, Israel controla cerca de metade do território da Faixa de Gaza, um fator que tem levado a um aumento da concentração populacional em áreas reduzidas. Desde o reatamento dos ataques a 18 de março, mais de 2.600 pessoas, em sua maioria mulheres e crianças, perderam a vida, conforme dados das autoridades de saúde locais.
A situação em Gaza tornou-se insustentável com a suspensão da entrada de ajuda e a grave crise humanitária que afeta os 2,3 milhões de habitantes da região. O conflítico, que teve início com o ataque do Hamas a Israel a 7 de outubro de 2023, resultou na morte de 1.218 israelitas, predominantemente civis. Atualmente, 58 pessoas capturadas pelo Hamas permanecem detidas em Gaza, enquanto o grupo também detém os restos de um soldado israelita falecido durante o conflito de 2014.
A campanha de retaliação por parte de Israel resultou em pelo menos 52.567 mortos em Gaza, a maioria dos quais são civis, conforme informações do Ministério da Saúde do Hamas, que são reconhecidas como fiáveis pela ONU.