Ataque a mesquita na Nigéria resulta em 13 fatalidades
Um ataque a uma mesquita durante as orações da manhã no noroeste da Nigéria resultou na morte de pelo menos 13 pessoas. O incidente é atribuído a uma possível vingança por ações de moradores locais.

Na manhã de hoje, pelo menos 13 indivíduos perderam a vida durante as orações matinais numa mesquita na cidade de Unguwan Mantau, localizada no noroeste da Nigéria. O ataque foi perpetrado por homens armados, conforme reportaram as autoridades locais.
O comissário do estado de Katsina, Nasir Mu'azu, indicou que este ataque poderá ser uma retaliação a uma emboscada realizada por habitantes locais, que no fim de semana eliminaram vários dos atacantes. Até ao momento, ninguém reivindicou a responsabilidade pelo ato violento.
Para garantir a segurança da área, tropas do exército e forças policiais foram rapidamente destacadas para Unguwan Mantau, na tentativa de prevenir novos incidentes. Os agressores são conhecidos por se esconderem nas plantações durante a época chuvosa, facilitando assim os ataques às comunidades.
Os confrontos são uma realidade corrente nas regiões noroeste e centro-norte da Nigéria, frequentemente resultando em mortes e ferimentos entre a população. Os conflitos entre pastores e agricultores pelo acesso a recursos limitados, como terras e água, têm sido uma causa constante de discórdia.
Os agricultores acusam os pastores, majoritariamente de etnia fulani, de deixarem os seus rebanhos pastar nas suas culturas. Por outro lado, os pastores afirmam que essas áreas foram reconhecidas como rotas de pastagem por lei desde 1965, um estágio inicial após a independência do país.
A presença escassa das forças de segurança nas regiões ricas em recursos minerais da Nigéria tem também permitido que diversos grupos armados realizem ataques a aldeias e ao longo das principais vias de comunicação.
A natureza deste conflito tem-se tornado cada vez mais letal ao longo dos anos, conforme alertam autoridades e especialistas.
Além disso, a Nigéria enfrenta uma insurreição do grupo extremista islâmico Boko Haram, especialmente no nordeste, onde cerca de 35.000 civis foram mortos e mais de dois milhões de pessoas se tornaram deslocadas, segundo dados da Organização das Nações Unidas.