Apoio dos BRICS à Palestina: Autoridade Palestiniana e Hamas Celebram a Declaração

O executivo da Autoridade Palestiniana, com sede em Ramallah, e o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) manifestaram hoje a sua satisfação com a declaração da cimeira dos BRICS, que se realiza no Rio de Janeiro. Os líderes do bloco, que inclui Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Irão e Indonésia, condenaram a recente ofensiva israelita na Faixa de Gaza e reiteraram a necessidade de se implementar a solução de dois Estados para o conflito israelo-palestiniano.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Palestina exaltou o apelo dos BRICS a um cessar-fogo imediato e à retirada das forças israelitas de Gaza e da Cisjordânia. Num comunicado, o governo palestiniano insistiu que este apelo se alinha com as resoluções internacionais, sublinhando a urgência de uma "intervenção internacional" para pôr fim à agressão israelita, que consideram genocídio.

A Autoridade Palestiniana reforçou a necessidade de iniciar negociações que respeitem os princípios de paz internacional e a Iniciativa Árabe de Paz, com o intuito de garantir o direito à autodeterminação do povo palestiniano, essencial para a promoção da segurança e estabilidade na região.

O Hamas, por sua vez, pediu à comunidade internacional que exerça pressão sobre Israel para respeitar o Direito Internacional e interromper a sua ofensiva na Faixa de Gaza, apelando também ao levantamento do cerco à região.

A declaração final dos BRICS expressou uma "profunda preocupação" com a situação nos Territórios Palestinianos Ocupados, condenando os ataques contra Gaza e a obstrução da ajuda humanitária. Os países do bloco exigiram que todas as partes envolvidas interajam de boa fé para alcançar um cessar-fogo duradouro, a retirada total das forças israelitas e garantias de acesso humanitário sem restrições.

Os signatários afirmaram que a Faixa de Gaza é parte integrante dos Territórios Palestinianos Ocupados e destacaram a importância de unificar os esforços entre a Cisjordânia e Gaza sob a Autoridade Palestiniana. A declaração também enfatizou que qualquer solução para o conflito deve acompanhar a estabilização e reconstrução de Gaza, ao mesmo tempo que respeita os direitos legítimos do povo palestiniano, incluindo o direito à autodeterminação e ao retorno.