Anjos apresentam-se na Figueira da Foz em meio a controvérsia judicial
Os irmãos Rosado da banda Anjos voltam aos palcos após as primeiras sessões de julgamento contra Joana Marques, mostrando que o apoio do público permanece forte.

Após as primeiras sessões do julgamento de Joana Marques, os irmãos Nélson e Sérgio Rosado, da banda Anjos, marcaram o seu regresso aos palcos na noite de terça-feira, 24 de junho, na Figueira da Foz.
"Foi uma noite especial! Após tantos anos, voltámos à Figueira da Foz com a nossa tour dos 25 anos... e que regresso incrível!", escreveram os músicos na sua conta de Instagram.
Os Anjos partilharam um vídeo com os melhores momentos do espetáculo e expressaram a sua gratidão pelo apoio do público, que encheu o recinto: "Fomos recebidos com um espaço cheio de vozes e sorrisos. O público cantou connosco do início ao fim, lembrando-nos porque fazemos isto há tanto tempo. Obrigado, Figueira. Foi uma noite para guardar no coração. Até breve", afirmaram.
No entanto, em meio a controvérsia, a banda decidiu adotar uma abordagem cautelosa. Para evitar comentários conflitantes, optaram por desativar a possibilidade de interação nas publicações que promovem o concerto. Na mensagem sobre o evento na Figueira da Foz, apenas as mensagens de apoio foram mantidas visíveis.
Esta decisão surge numa fase complicada, onde a opinião pública se divide: há quem esteja ao lado dos Anjos, apoiando a sua ação judicial contra Joana Marques, e outros que defendem a liberdade de expressão, criticando a dupla.
O julgamento, que começou a 17 de junho, revelou detalhes emocionais, como um depoimento de Sérgio que mencionou ter enfrentado uma "crise de acne" devido ao estresse do processo. A próxima audiência está agendada para segunda-feira, 30 de junho, às 09h30, onde Ricardo Araújo Pereira será chamado a depor como testemunha em favor de Joana Marques.
A disputa legal teve início quando os Anjos processaram Joana Marques, após a humorista ter partilhado uma paródia da sua atuação durante uma prova do MotoGP, que os músicos consideraram ofensiva e discriminatória. Alegam que a sátira resultou no cancelamento de vários concertos, impactando negativamente a sua carreira e resultando em prejuízos significativos, tanto financeiros como psicológicos, forçando-os a solicitar uma indemnização superior a 1 milhão de euros.