Andrew Cuomo lança candidatura independente para liderar o município de Nova Iorque
O ex-governador Andrew Cuomo formaliza a sua candidatura independente para as eleições de 4 de novembro, desafiando o atual presidente da câmara, Eric Adams.

O ex-governador do estado de Nova Iorque, Andrew Cuomo, anunciou hoje a sua candidatura independente à presidência do município de Nova Iorque. Esta decisão surge após a sua derrota nas primárias do Partido Democrata, onde perdeu para Zohran Mamdani.
Cuomo, que contava com um forte apoio dentro do partido e um orçamento considerável para a campanha, promete competir nas eleições de 4 de novembro, referindo que Mamdani "pode ter ideias apelativas, mas não apresenta soluções viáveis".
No seu comunicado, Cuomo destacou que "apenas 13% dos nova-iorquinos participaram nas primárias de junho", sublinhando a importância da eleição geral que se avizinha. "Estou aqui para vencer", afirmou em um vídeo divulgado nas redes sociais.
O atual presidente da câmara, Eric Adams, também se apresenta como candidato independente, acrescentando mais concorrência ao cenário eleitoral.
Do lado Republicano, Curtis Sliwa, famoso pelo seu papel como fundador da patrulha anticrime Guardian Angels na década de 1970, será o candidato da formação, apesar de o partido contar com menos eleitores registados na cidade.
Mamdani, um muçulmano de 33 anos, conquistou a sua vitória nas primárias com uma abordagem focada no contacto de proximidade e nas redes sociais, apresentando propostas controversas, como o aumento de impostos para os mais ricos e a criação de uma rede de supermercados municipais com preços acessíveis.
Com 67 anos, Cuomo abandonou o cargo de governador em 2021, após várias acusações de assédio sexual por parte de ex-colaboradoras, acusações que sempre negou, argumentando que eram motivadas politicamente.
A sua nova candidatura surge num contexto em que alguns dos seus aliados, incluindo líderes sindicais e o reverendo Al Sharpton, o tinham aconselhado a não avançar com a corrida. Eric Adams, igualmente democrata, havia já retirado a sua candidatura nas primárias após ser implicado num caso de corrupção, do qual as acusações foram depois retiradas a pedido do Departamento de Justiça durante a presidência de Donald Trump.