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Guterres denuncia desumanização de 5 milhões de palestinianos

António Guterres destacou a fragilidade dos direitos dos palestinianos, apelando por um cessar-fogo e uma solução duradoura que promova a coexistência pacífica entre israelitas e palestinianos.

há 6 horas
Guterres denuncia desumanização de 5 milhões de palestinianos

Numa recente conferência de imprensa em Nova Iorque, onde se celebrou o décimo aniversário dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, destacou a alarmante situação dos palestinianos, descrevendo "cinco milhões de pessoas dentro de um país, na sua própria terra, e sem quaisquer direitos", um cenário que classificou como "inaceitável do ponto de vista da humanidade".

Guterres pediu um cessar-fogo imediato na guerra de Gaza, mas sublinhou que esta medida por si só não é suficiente. É crucial, segundo ele, encontrar uma solução sustentável que permita a israelitas e palestinianos viverem em paz.

Para promover essa solução, foi convocada uma conferência internacional sobre a criação de dois Estados, agendada para 28 de julho na Assembleia Geral da ONU, impulsionada por França e Arábia Saudita. Durante este encontro, Paris deverá reconhecer formalmente o Estado palestiniano, uma ação que poderá motivar outras nações a seguirem o mesmo caminho.

O secretário-geral também criticou a devastação provocada pela guerra na Faixa de Gaza, que tem gerado um "nível de morte e destruição sem precedentes", comprometendo as condições mais básicas de dignidade humana para o povo palestiniano.

Embora não tenha detalhado as questões específicas, Guterres já se manifestou anteriormente sobre as movimentações forçadas de populações, a destruição de infraestruturas civis e os bombardeamentos de áreas residenciais. Além disso, discutiu a caótica distribuição de ajuda humanitária em Gaza, que resultou em tumultos e na morte de mais de 600 pessoas.

As negociações atuais para um cessar-fogo estão a decorrer sem a participação da ONU, que enfrenta uma relação tensa com o governo israelita, dado que este acusa a organização internacional de tendenciosidade anti-israelita desde o início do conflito.

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