Amiloidose cardíaca: O alerta de um cardiologista sobre uma ameaça oculta

O cardiologista Dmitry Yaranov, especializado em transplante cardíaco, lançou um alerta nas redes sociais sobre uma condição muitas vezes negligenciada: a amiloidose cardíaca. Esta doença, que pode ser genética ou surgir mais tarde na vida, está a ser mal diagnosticada, o que resulta num enfraquecimento gradual do coração.

Num mundo onde a doença cardíaca é a principal causa de morte nos Estados Unidos, com uma pessoa a falecer a cada 34 segundos, a informação sobre a amiloidose é crucial. Yaranov observa que muitos pacientes passam anos a receber diagnósticos errados, com sintomas que são frequentemente confundidos com hipertensão, idade avançada ou dores nas costas. "Os doentes vagueiam de especialista em especialista, enquanto a condição do seu coração deteriora-se silenciosamente", afirma.

Existem vários tipos de amiloidose cardíaca, conforme indicado pela Cleveland Clinic, que podem ser hereditários ou desenvolvidos após os 50 anos, embora existam também casos em indivíduos mais jovens. Um estudo de 2022 revelou que um em cada quatro homens afro-americanos acima dos 60 anos, encaminhados por insuficiência cardíaca sem explicação, apresentava depósitos amiloides.

Yaranov também menciona alguns sinais que podem indicar a presença de amiloidose cardíaca, incluindo paredes cardíacas espessas, baixa voltagem em electrocardiogramas, síndrome do túnel cárpico, estenose espinhal e fadiga inexplicável. O Colégio Americano de Cardiologia reconhece esses sintomas como indicativos.

Para aqueles em risco de insuficiência cardíaca ou que apresentam os sintomas mencionados, é aconselhável discutir a possibilidade de amiloidose com um médico. O diagnóstico precoce é essencial, pois os tratamentos podem variar desde quimioterapia a transplantes ou medicações, conforme enfatizado tanto por Yaranov como por outras instituições de saúde.