Alterações nas Retenções de IRS: Como os Trabalhadores Serão Afetados

À medida que agosto avança, muitos trabalhadores devem estar atentos às mudanças nas retenções de IRS. Para aqueles que recebem até 1.136 euros brutos, não haverá desconto de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS) durante os meses de agosto e setembro, uma medida introduzida nas novas tabelas fiscais.

Essas tabelas, que foram alteradas recentemente, visam reduzir os descontos mensais de IRS até ao final do ano. Para os rendimentos que se enquadram até aos 1.136 euros durante este período, a taxa de retenção será de 0%, permitindo um alívio financeiro significativo para os trabalhadores.

É importante destacar que o despacho da secretária de Estado dos Assuntos Fiscais, Cláudia Reis Duarte, contém duas conjuntos de tabelas. As primeiras aplicam-se a agosto e setembro, com taxas de retenção reduzidas, em compensação pelas retenções efetuadas nos primeiros sete meses do ano, que não refletiam as alterações legislativas aprovadas.

As segundas tabelas serão válidas de outubro a dezembro, onde as taxas de retenção aumentarão em comparação a agosto e setembro, mas ainda assim serão inferiores às taxas aplicadas até agora.

Por exemplo, um trabalhador com um salário bruto de 1.000 euros que, anteriormente, pagava 58 euros mensais de IRS, não terá qualquer desconto em agosto e setembro. Contudo, a partir de outubro, essa pessoa terá que pagar 56 euros mensais, representando uma economia geral nas retenções anuais.

O objetivo destas alterações é garantir que as novas taxas de IRS façam retroagir os efeitos das revisões desde janeiro, ajustando as retenções na fonte para refletir a nova legislação.

Em suma, com as mudanças nos descontos ao longo do ano, um trabalhador por conta de outrem que auferir 1.500 euros brutos mensais verá uma alteração significativa no seu salário líquido, especialmente em agosto e setembro, onde o valor que levanta será substancialmente superior.