Alojamento Turístico Atinge Novos Recordes: Proveitos e Hóspedes em Alta
No primeiro semestre de 2023, o alojamento turístico em Portugal viu os proveitos e o número de hóspedes registarem crescimentos significativos, segundo dados do INE.

No decorrer do primeiro semestre de 2023, os proveitos globais do setor de alojamento turístico em Portugal cresceram 7,8%, atingindo a marca de 2.995,5 milhões de euros. O número de hóspedes também registou um incremento de 3,6%, totalizando 14,9 milhões, enquanto as dormidas aumentaram 2,4% para 36,4 milhões, conforme a informação divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Os resultados indicam um impulso importante na atividade turística do país, com os proveitos relativos a aposento, que englobam apenas as dormidas, a elevar-se em 8,0% para 2.268,2 milhões de euros. Nesse contexto, as dormidas de residentes aumentaram 6,0%, totalizando 10,7 milhões, enquanto as de não residentes subiram 1,0%, atingindo 25,8 milhões.
Quando analisado apenas o segundo trimestre de 2023, houve um crescimento mais acentuado nos proveitos totais, que subiram 9,4%, alcançando 2.042 milhões de euros. Os proveitos de aposento também mostraram uma melhoria substancial, com um aumento de 9,8%, para 1.569,4 milhões de euros. Este notável desempenho é em parte atribuído ao facto de que as férias da Páscoa ocorreram no segundo trimestre, ao contrário do ano anterior.
Durante o período de abril a junho, o setor recepcionou 9,2 milhões de hóspedes (+4,4%) e registou 23,0 milhões de dormidas (+4,2%), após um primeiro trimestre menos dinâmico.
As dormidas de mercado externo, que representaram 72,3% do total, somaram 16,7 milhões, embora tenha havido uma leve diminuição percentual face ao mesmo trimestre do ano anterior. Em contrapartida, os residentes aumentaram as suas dormidas em 7,6%, somando 6,4 milhões.
A área do Algarve destacou-se como a principal região em termos de dormidas, reunindo 27,1% do total, seguida pela Grande Lisboa e Norte. O mercado britânico manteve-se como o maior emissor de turistas não residentes, contribuindo com 19,3% das dormidas.
Finalmente, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) subiu para 80,9 euros, refletindo um aumento significativo de 7,3%, enquanto o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 127,5 euros (+5,3%). A Grande Lisboa registou o RevPAR mais elevado, alcançando 129,7 euros.