Alemanha solicita apoio da China para persuadir Rússia a retomar as negociações
O ministro alemão das Relações Exteriores pediu à China que utilize sua influência para garantir que a Rússia regresse às negociações e aceite um cessar-fogo na Ucrânia.

Johann Wadephul, ministro das Relações Exteriores da Alemanha, apelou hoje ao seu homólogo chinês, Wang Yi, para que o governo de Pequim utilize a sua influência e convença a Rússia a regressar à mesa de diálogo sobre a Ucrânia e declare um cessar-fogo.
Após uma conferência de imprensa na capital alemã, Wadephul afirmou: “Solicitei a ele e ao governo chinês que ajudem a trazer a Rússia de volta às negociações”. O ministro acrescentou que a conversa abordou principalmente a guerra na Ucrânia, destacando a importância de um cessar-fogo, especialmente em relação a alvos civis.
Wadephul sublinhou: “Uma solução é facilmente alcançável se a Rússia interromper as hostilidades e regressar ao diálogo”. Ele reiterou que a Europa tem uma posição clara em relação ao conflito, apoiando a Ucrânia e permanecendo em sintonia com os Estados Unidos, incluindo no que diz respeito às sanções.
O chefe da diplomacia alemã enfatizou: “É fundamental que esta guerra de agressão termine e que a paz na Europa seja restaurada. Estou convencido de que a China compreende esta necessidade e que podemos contar com seu apoio para alcançar uma solução rápida”.
Wang Yi reafirmou a posição de Pequim em favor de um diálogo pacífico e de soluções políticas para o conflito, defendendo a importância das negociações para alcançar um cessar-fogo e restaurar a paz na região.
O ministro chinês salientou que, por essa razão, Pequim optou por não fornecer armas letais a qualquer uma das partes em conflito, apesar das acusações ucranianas de apoio a Moscovo. Recentemente, o presidente Volodymyr Zelensky impôs sanções a três empresas chinesas por supostamente fornecerem armamento à Rússia.
Wang, em resposta, destacou que alguns componentes utilizados pela Rússia provêm na verdade do Ocidente, e que a China mantém um controlo rigoroso sobre produtos que possam ter usos militares, proibindo exportações quando necessário.