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Agentes da PSP nas Flores enfrentam exaustão e carência de recursos

Paulo Pires, da ASPP/PSP, denuncia a precariedade das esquadras nas Flores, onde a falta de efetivos e material provocam situações de burnout entre os agentes.

21/08/2025 22:55
Agentes da PSP nas Flores enfrentam exaustão e carência de recursos

Durante uma recente visita às Flores, Paulo Pires, responsável pela delegação dos Açores da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP), alertou para a grave situação que se vive nas esquadras da ilha. Segundo o sindicalista, a escassez de efetivos é evidente e as lacunas ao nível de material, como as viaturas de apoio, tornam o cenário ainda mais preocupante.

"Os comandantes de esquadra fazem o que podem, mas são forçados a gerir os recursos de forma difícil. É uma realidade desafiante", comentou à Lusa.

Pires reuniu com agentes e líderes municipais das Lajes e Santa Cruz das Flores, onde expressou a preocupação com a saída crescente de polícias para a pré-aposentação, que supera a entrada de novos profissionais. Afirma que a "atratividade da PSP não é a ideal para os jovens que devem considerar esta profissão".

Os agentes estão a ser sobrecarregados, com longas horas de trabalho e pouco descanso, o que resulta em casos de burnout. Pires sublinhou que o ideal seria ter um número suficiente de polícias para que pudessem cumprir os horários e descansar adequadamente, o que raramente acontece.

Nas reuniões a nível nacional, as estruturas sindicais da GNR e da PSP estiveram em diálogo com a ministra da Administração Interna, em julho, sendo que a retoma das negociações ficou prometida para setembro. Nesse encontro, o enfoque foi colocado no caderno reivindicativo apresentado em janeiro, que inclui a revisão do estatuto remuneratório.

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