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A Revolução Elétrica da Huawei: 3.000 km com Apenas 5 Minutos de Carga

A Huawei está a explorar o desenvolvimento de um automóvel elétrico capaz de percorrer 3.000 km com uma carga de cinco minutos. Esta inovação poderá transformar a mobilidade elétrica, mas existem desafios a superar.

08/08/2025 14:40
A Revolução Elétrica da Huawei: 3.000 km com Apenas 5 Minutos de Carga

Imagine um veículo elétrico que consegue viajar 3.000 km após apenas cinco minutos de carga. Este cenário pode estar mais próximo da realidade, com a Huawei a trabalhar num projeto inovador nessa direção. Contudo, especialistas apontam para vários obstáculos antes que este automóvel possa ser produzido em larga escala.

Segundo o The Korea Herald, a empresa chinesa registou uma patente para uma bateria de estado sólido baseada em sulfureto, que promete proporcionar uma autonomia impressionante de 3.000 km com uma única carga, reabastecendo a bateria em apenas cinco minutos.

Este novo sistema tem densidades energéticas que variam entre 400 e 500 Wh/kg, o que representa um avanço significativo em relação às baterias de iões de lítio convencionais, que têm densidades muito inferiores.

A tecnologia apresentada pela Huawei também destaca uma inovação que visa aumentar a estabilidade eletromecânica das células, crucial para resolver problemas de segurança e prolongar o ciclo de vida da bateria. Isso é alcançado através da dopagem dos eletrólitos de sulfureto com nitrogénio.

No entanto, o entusiasmo é temperado por um certo ceticismo proveniente da Coreia do Sul. O professor Yan Min-ho, da Universidade de Dankook, expressa preocupações sobre a viabilidade da autonomia prometida: "As baterias de iões de lítio mais avançadas não alcançam essa autonomia, mesmo em condições ideais de laboratório. Fatores práticos, como perdas de energia e gestão térmica, tornam a produção em massa um grande desafio."

A proposta da Huawei de utilizar dopagem de nitrogénio também suscita dúvidas. Um investigador de uma importante empresa sul-coreana de baterias, citado pelo The Korea Herald, explica: "Embora a dopagem de nitrogénio possa ajudar na estabilidade, é um processo que requer condições de vácuo e precisão elevada. Não é viável escalá-lo para produção comercial sem incorrer em custos significativos e perdas de tempo."

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