A Delegação de Portugal na Cimeira da CPLP ainda em aberto
O Presidente Marcelo Rebelo de Sousa revelou que a formação da delegação portuguesa para a Cimeira da CPLP, agendada para 18 de julho em Bissau, será decidida a seu tempo, sem problemas diplomáticos.

O Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, declarou hoje que a composição da delegação portuguesa para a Cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que se realizará em Bissau no dia 18 de julho, ainda está por definir. Em declarações aos jornalistas em São Tomé, o chefe de Estado esclareceu que a decisão será tomada "no momento oportuno", tendo em consideração "os temas a serem discutidos e a forma como serão abordados" durante a cimeira.
Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que "Portugal estará sempre representado", sendo necessário determinar quem assumirá essa representação. A uma semana do evento, o Presidente foi questionado sobre o porquê da falta de clareza e ressaltou que o foco reside em "saber quais serão os temas e qual o contributo que podemos oferecer na sua resolução", realçando que este assunto será debatido "nos próximos dias".
O Presidente português frisou que este processo envolve todos os países-membros da CPLP. Quando interrogado sobre possíveis problemas diplomáticos, foi categoricamente afirmativo: "Não, nenhum".
Marcelo Rebelo de Sousa chegou a São Tomé e Príncipe para celebrar os 50 anos da sua independência, que ocorre no próximo sábado. Quanto a uma eventual conversa com o Presidente da Guiné-Bissau, Sissoco Embaló, sobre a sua presença na XV Cimeira da CPLP, o chefe de Estado não confirmou, mas mencionou que ambos se encontraram em várias cerimónias de comemoração das independências de ex-colónias portuguesas nos últimos dias.
A XV Cimeira da CPLP, marcada para a próxima sexta-feira, será um evento importante, já que a Guiné-Bissau assumirá a presidência rotativa da CPLP por um período de dois anos, sucedendo a São Tomé e Príncipe. Na cimeira, também será deliberada a presidência seguinte.
Atualmente, a CPLP conta com nove Estados-membros: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Guiné Equatorial — o que gerou controvérsia na sua adesão em 2014 e que ainda não exerceu a presidência rotativa da comunidade.
Desde a fundação da CPLP em 1996, Portugal esteve sempre representado de forma elevada nas suas cimeiras, com a presença conjunta do Presidente da República e do primeiro-ministro, exceto em 2004, quando o primeiro-ministro, que acabara de assumir o cargo, não pôde comparecer.