Zelensky recusa "prenda" territorial a Putin

Durante uma cimeira regional, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky advertiu que oferecer territórios a Vladimir Putin não pode fazer parte de um acordo para terminar a guerra. Em momentos em que a Rússia se prepara para comemorar o 80.º aniversário da vitória na Segunda Guerra Mundial, e anunciou uma trégua unilateral para maio, Zelensky enfatizou que a paz não deve vir acompanhada de concessões territoriais.

Desde a invasão iniciada em fevereiro de 2022, Moscovo ocupa parcialmente as regiões de Donetsk, Lugansk, Zaporijia e Kherson, e há já desde 2014 que a Crimeia, parte do território ucraniano, foi anexada após um referendo não reconhecido por Kiev nem pelo Ocidente. O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, tem afirmado que o reconhecimento internacional dessas anexações é essencial para o fim do conflito.

Paralelamente, o ex-presidente americano Donald Trump sugeriu que a Ucrânia estaria pronta para abrir mão da Crimeia, enquanto o Secretário de Estado dos EUA apontava que o acordo de paz estaria mais próximo do que nunca, embora os desafios continuem. Contraste marcante é revelado nas posições: enquanto Trump propõe uma trégua permanente, Kiev insiste por uma pausa incondicional de 30 dias nos combates.