"Wall Street regista crescimento otimista com acordos comerciais em vista"
A bolsa de Nova Iorque fechou em alta, com os índices Nasdaq e S&P500 a alcançarem máximos históricos, impulsionados pela confiança dos investidores nas negociações comerciais.

A bolsa nova-iorquina terminou a sessão de hoje em alta, com os índices Nasdaq e S&P500 a atingirem níveis nunca vistos, pela segunda vez consecutiva, refletindo o entusiasmo dos investidores em relação às atuais negociações comerciais.
Os dados desta sessão mostram que o Nasdaq subiu 0,47%, enquanto o S&P500 melhorou 0,52%, e o Dow Jones Industrial Average valorizou 0,63%.
Em declarações à AFP, Sam Stovall, da CFRA, explicou que "os investidores sentem-se otimistas após um trimestre robusto, motivados pelo arrefecimento das tensões comerciais e pela preocupação menor com a inflação".
No período entre abril e junho, o S&P500 registou um ganho superior a 10%, enquanto o Nasdaq teve um aumento de mais de 17%, mesmo após a bolsa ter sido impactada pela política protecionista de Donald Trump, especialmente em abril.
Atualmente, "os investidores esperam anúncios de acordos comerciais internacionais antes do prazo de 09 de julho", data a partir da qual taxas alfandegárias elevadas serão impostas às importações dos principais parceiros dos EUA, afirmou Jose Torres, da Interactive Brokers.
A boa performance de Wall Street é, em grande parte, atribuída ao reinício das negociações comerciais com o Canadá, segundo Stovall.
Na passada quinta-feira, a Casa Branca considerou que o Canadá "cedeu" ao cancelar a taxa sobre grandes empresas tecnológicas, o que havia levado a uma interrupção nas conversações.
Adicionalmente, o comissário europeu do Comércio, Maros Sefcovic, planeia visitar Washington antes da data-limite de 09 de julho para tentar alcançar um acordo, conforme anunciado hoje.
Além das perspetivas comerciais, os investidores estão atentos ao andamento no Congresso do grande projeto de lei orçamental de Trump, que poderá ser aprovado em breve no Senado, após já ter passado na Câmara dos Representantes.
A Agência do Congresso para o Orçamento, que avalia imparcialmente o impacto legislativo nas finanças públicas, revelou que este projeto pode aumentar a dívida pública em mais de três biliões de dólares até 2034.