A Faculdade de Psicologia da Universidade do Porto busca voluntários para um programa 'online' que pretende promover a saúde e o bem-estar sexual de forma inclusiva e abrangente.
A Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto (FPCEUP) anunciou o lançamento do programa 'Fullsense', uma iniciativa 'online' destinada a promover a saúde sexual e o bem-estar emocional. Este estudo, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), visa oferecer apoio psicológico a pessoas que enfrentam dificuldades na sua vida sexual.
Conduzido pelo grupo de investigação em Sexualidade e Género do Centro de Psicologia da Universidade do Porto (CPUP) e pelo Laboratório de Investigação em Sexualidade Humana (SexLab), o programa é gratuito e acolhe pessoas maiores de idade, independentemente do seu género ou orientação sexual. Pedro Nobre, diretor da FPCEUP, sublinhou a natureza inclusiva do 'Fullsense', que se destina a uma ampla diversidade de identidades e orientações sexuais.
O objetivo é envolver 70 participantes, com o programa a ter início assim que os primeiros voluntários se inscrevam. O processo de adesão inclui o preenchimento de um formulário e um contacto telefonado personalizado. Os voluntários terão acesso a oito módulos 'online', com um módulo por semana, contendo informação e exercícios práticos.
O programa procura apoiar aqueles que sofrem de questões sexuais que causam sofrimento emocional, como baixo desejo sexual, dificuldades de ereção, lubrificação ou orgasmo, e ejaculação rápida, entre outras. Nobre destacou que cerca de 20% da população adulta portuguesa enfrenta dificuldades sexuais, o que torna esta iniciativa especialmente relevante.
Com base em dados recentes do SexLab, identificaram-se queixas comuns como o baixo desejo sexual, dificuldades de ereção e lubrificação, e dor sexual nas mulheres. Além disso, muitas pessoas têm mais de uma dificuldade simultaneamente.
O 'Fullsense' oferece ainda acompanhamento remoto por profissionais experientes em sexologia clínica e terapia sexual, utilizando métodos psicoterapêuticos validados em formato 'online', permitindo assim que um maior número de pessoas aceda ao programa, independentemente das suas circunstâncias pessoais.
A equipa envolvida espera que os primeiros resultados do programa estejam disponíveis até ao final do ano.