O Presidente dos EUA assumiu que não houve ainda encontros com a China para discutir tarifas, contradizendo declarações anteriores. As reuniões ocorrerão no "momento apropriado".
Donald Trump, o Presidente dos Estados Unidos, admitiu hoje que ainda não estabeleceu diálogos formais com a China para abordar as tarifas, apesar de afirmações anteriores em contrário. Durante uma coletiva com o Primeiro-Ministro canadiano, Mark Carney, na Sala Oval da Casa Branca, Trump esclareceu: “Eles querem negociar, querem ter uma reunião, e nós iremos encontrar-nos com eles no momento apropriado. Mas até agora, não me reuni com eles”.
Recentemente, o governo americano revelou que esteve em contacto com Pequim sobre as tarifas que Trump pretende implementar a nível global. O próprio Presidente mencionou ter conversado com o líder chinês, Xi Jinping, o que foi negado por Pequim, sem que Washington tenha dado mais esclarecimentos sobre o assunto.
O Presidente norte-americano comentou ainda que a economia chinesa está a enfrentar dificuldades devido à falta de comércio com os EUA, afirmando: “Não se deixem enganar. Eles não lucram com outros países como lucram connosco”.
Trump enfatizou que pretende abordar as negociações tarifárias de maneira “amigável”, mas que a proteção dos interesses dos cidadãos norte-americanos continua a ser a sua prioridade. “Vejam-nos como uma loja de luxo, onde oferecemos produtos a preços atrativos. Estamos abertos a fazer grandes negócios”, disse.
O Presidente acrescentou que “poderíamos assinar 25 contratos de imediato se quiséssemos, mas eles têm de concordar em assinar acordos connosco. Querem acesso ao nosso mercado, mas nós não queremos o deles”, reafirmou.
Ao abordar a flexibilidade de Washington, Trump comentou que, em certas situações, estarão dispostos a assinar acordos, mas com a condição de que os interesses americanos sejam sempre salvaguardados. “Queremos que outros países abram os seus mercados e reduzam tarifas. Por exemplo, a Índia possui uma das tarifas mais altas do mundo e já concordou em reduzi-las a zero, algo que nunca teriam feito com ninguém além de mim”, concluiu.