O Presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que as relações com a China são "muito boas" e anunciou uma conversa com Xi Jinping prevista para o fim da semana.
Na Casa Branca, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, expressou hoje a sua satisfação em relação ao estado das relações com a China, descrevendo-as como "muito boas". Trump revelou que poderá ter um diálogo com o Presidente chinês, Xi Jinping, "talvez no final da semana".
"Não queremos causar danos à China. Eles enfrentavam dificuldades significativas, com várias fábricas a fechar e um clima de instabilidade que os afetava. Estão bastante satisfeitos por conseguirem resolver questões connosco. A relação é realmente muito positiva", comentou Trump à imprensa.
Após um fim de semana de negociações em território suíço, representantes dos EUA e da China chegaram a um acordo para uma diminuição temporária nas tarifas mútuas, que será aplicada a partir de agora, prevendo uma redução de 115% ao longo de 90 dias. Este passo é interpretado como um esforço para restaurar laços abalados por disputas comerciais anteriores.
Atualmente, as tarifas norte-americanas sobre os produtos chineses mantêm-se em 30%, enquanto as tarifas impostas pela China sobre as mercadorias dos EUA permanecem a 10%, representando uma pausa em um estado de tensão que se assemelhava a um embargo comercial.
Nas semanas mais recentes, o governo americano informou sobre contatos bilaterais vinculados a estas negociações, e Trump mencionou a possibilidade de ter falado com Xi Jinping, embora Pequim tenha desmentido essa afirmação e Washington não tenha conseguido validar a conversa.
As conversações entre os dois países deverão recomeçar em breve, focando-se na resolução de desacordos comerciais, que exigirão discussões detalhadas e técnicas.
Um dos principais objetivos de Washington, segundo altos funcionários que acompanharam Trump em Genebra, é reduzir o défice comercial, que o governo considera uma "emergência de segurança nacional".
Relativamente às relações comerciais com a União Europeia, Trump expressou a sua insatisfação, afirmando que estas são, em muitos aspetos, "mais complicadas" do que as que mantém com a China. Ele também assegurou que a UE deve "reduzir substancialmente" as barreiras comerciais com os EUA, orientando críticas ao seu aliado tradicional.
Trump reafirmou que os Estados Unidos possuem "todas as cartas" nas negociações comerciais com a Europa, citando os veículos adquiridos aos fabricantes automóveis do bloco.